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Estudo aponta que jogos violentos alteram funções cognitivas e emocionais

Os resultados garantiriam que os jogos com teor violento têm efeito a longo prazo nas funções cerebrais

Cena do jogo Call of Duty: Black Ops (Divulgação/Activision)

Cena do jogo Call of Duty: Black Ops (Divulgação/Activision)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2011 às 18h26.

Washington - Os videogames violentos alteram as funções cognitivas e emocionais do cérebro de jovens em apenas uma semana, segundo dados apresentados nesta quarta-feira pela Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA, na sigla em inglês).

'Pela primeira vez percebemos que uma amostra aleatória de jovens adultos evidencia menos ativação em certas regiões frontais do cérebro depois de uma semana jogando em casa', disse o professor Yang Wang, pesquisador da Universidade de Indiana.

O estudo, que utilizou os dados procedentes de ressonâncias magnéticas, submeteu à análise 22 homens entre 18 e 29 anos, que foram separados em dois grupos iguais.

Um grupo jogou videogames de tiro em primeira pessoa durante 10 horas ao longo de uma semana para na seguinte não jogar, enquanto o outro grupo se manteve isento desta rotina durante esses 14 dias.

Para obter dados comparativos, os indivíduos que jogaram durante a primeira semana foram submetidos a uma ressonância magnética enquanto realizavam várias tarefas.

Este grupo mostrou uma menor ativação do lóbulo frontal inferior ao realizar as provas emocionais com palavras de ações violentas e não-violentas, e também uma redução da atividade no córtex na hora de desempenhar tarefas numéricas. Na semana seguinte, livre dos games, essas mudanças cerebrais diminuíram.

Segundo o professor Wang, os resultados demonstram que os jogos violentos têm um efeito a longo prazo nas funções cerebrais. EFE

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