Segundo relatório semestral da Ericsson, até o fim do ano, haverá mais de 6,6 bilhões de assinantes de telefonia móvel no mundo (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2012 às 15h16.
Estocolmo - A sueca Ericsson prevê que o tráfego de dados em aparelhos móveis dobrará a cada ano até 2018, levando a novos investimentos em rede.
A fabricante calcula que a própria rede recebe 40 por cento desse tráfego e afirma que a disparada nas vendas de smartphones e tablets fez as redes receberem mais vídeos e músicas do que voz, o que exige maior capacidade.
Até o fim do ano, haverá mais de 6,6 bilhões de assinantes de telefonia móvel no mundo, pouco menos que a população, segundo relatório semestral da Ericsson.
As assinaturas para uso da rede em equipamentos como PCs e smartphones dobrarão para 4 bilhões em 2018, segundo a companhia. Os smartphones responderiam sozinhos por 2,3 bilhões, ante o total de 1,1 bilhão previsto para o fim deste ano.
Ainda que o tráfego esteja aumentado, as operadoras de telefonia continuam com dificuldade para fazer os clientes pagarem muito mais, o que reduz as margens de lucro diante da crise.
Isso prejudicou os fornecedores de equipamentos, que já sofriam com a concorrência acirrada e a menor diferenciação entre um produto e outro.
A Ericsson teve queda de 17 por cento nas vendas da divisão de redes no terceiro trimestre e planeja demitir 1,55 mil funcionários.
A franco-americana Alcatel-Lucent sofreu prejuízo pelo segundo trimestre seguido, e a chinesa ZTE teve o primeiro prejuízo trimestral desde que entrou para a Bolsa de Hong Kong, em 2004.
A Nokia Siemens Networks vai demitir 25 por cento do quadro de funcionários para cortar custos em 1 bilhão de euros (1,28 bilhão de euros).
No entanto, os otimistas do setor de equipamento dizem que as vendas crescentes de smartphones e tablets farão as operadoras investirem em redes 4G, em que a Ericsson prevê uma rápida expansão.