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Equador e Reino Unido negociam para resolver caso Assange

A embaixadora do Equador em Londres, Ana Albán, assinalou que manteve discussões cordiais e construtivas com representantes do governo britânico

Assange pode contar, a priori, com o apoio do presidente equatoriano (©AFP / Carl Court)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2012 às 18h24.

Londres - Equador e Reino Unido estão negociando para buscar uma solução para o caso do fundador do site WikiLeaks, Julian Assange , refugiado desde terça-feira na embaixada do país andino, onde pediu asilo político para evitar uma extradição para a Suécia.

A embaixadora do Equador em Londres, Ana Albán, assinalou que manteve discussões cordiais e construtivas com representantes do governo britânico durante uma reunião no ministério das Relações Exteriores.

Albán informou a seus interlocutores de que o pedido de asilo político, baseado na declaração de direitos humanos da ONU, será avaliado pela chancelaria de seu país, e que "não era intenção do governo equatoriano interferir nos processos dos governos britânico ou sueco, e sim encontrar uma solução justa para esta situação", declarou em um comunicado.

Por sua parte, o ministério das Relações Exteriores britânico limitou-se a dizer que estava em contato com as autoridades equatorianas, um dia depois que estas assinalaram que Assange permaneceria na embaixada sob a proteção do governo durante a avaliação do pedido.

Por outro lado, a polícia britânica anunciou que o fundador do WikiLeaks se expõe a uma detenção depois de ter violado os termos da liberdade condicional, anunciou a polícia britânica.

Uma porta-voz da Scotland Yard recordou que entre as condições estava a permanência em um endereço pré-determinado entre as 22H00 e as 8H00 locais.

"Às 22H20 de terça-feira, a polícia foi notificada que Assange havia violado uma das condições. Está exposto agora a uma detenção pelo descumprimento das condições", declarou a porta-voz.


"Os agentes conhecem sua localização na embaixada do Equador em Hans Crescent, Londres", completou.

"Ele está exposto agora a uma detenção pelo não cumprimento das condições", disse.

Já organizações de redes sociais anunciaram nesta quarta-feira, em Quito, seu apoio ao pedido de asilo de Assange.

"Assange é um perseguido político. Ou seja, a verdade pressupõe repressão", declarou à AFP o espanhol Daniel Vásquez, do grupo aLabs, que promove o desenvolvimento do software livre.

Assange provocou uma situação dramática ao entrar na terça-feira na embaixada do Equador, país ao qual solicitou asilo político depois de ter esgotado, em 18 meses de batalha jurídica na Grã-Bretanha, todos os recursos possíveis para escapar do pedido de extradição na Suécia.

A mãe de Assange, Christine Assange, afirmou que o pedido de asilo político do filho é um "último esforço desesperado.

"É um último esforço desesperado, porque ele é um preso político", declarou a australiana Christine Assange.

Ela disse ainda que não tem dúvidas sobre uma intimidação dos Estados Unidos sobre o Equador.

Na Suécia, o advogado das duas mulheres que acusam Assange por supostos delitos sexuais, inclusive estupro, se mostrou convicto de que o Equador rejeitará o pedido.

"Não posso imaginar que o Equador conceda o asilo", afirmou Claes Borgstroem, acrescentando que o pedido não passa de mais uma tentativa legal para deter ou atrasar o processo de que é alvo.


Desde que se entregou à Scotland Yard, em dezembro de 2010, o fundador do WikiLeaks, um site especializado em vazamento de documentos, sempre se apresentou como vítima de "perseguições" em seu combate para "libertar a imprensa" e "desmascarar os segredos e abusos de Estado".

Declarou-se "ameaçado de morte", denunciou um "boicote econômico", falou de um complô produzido pelas autoridades americanas para deportá-lo a Guantánamo, via Estocolmo.

O WikiLeaks é o pesadelo de Washington desde a divulgação de milhares de documentos americanos, de mensagens militares secretas sobre as guerras de Iraque e Afeganistão e de telegramas diplomáticos confidenciais.

Assange, de 40 anos, diz estar "abandonado" por seu país de origem, a Austrália. Critica a regularidade dos tribunais britânicos em querer enviá-lo à Suécia para responder às acusações - infundadas, segundo ele - de estupro e agressão sexual denunciadas por duas mulheres.

Há três semanas, no entanto, o carismático comunicador parecia ter deixado o primeiro plano.

Não compareceu à audiência na qual a Suprema Corte britânica rejeitou sua última apelação, no dia 14 de junho, perdendo um encontro com a imprensa e com alguns admiradores.

Sua última aparição pública ocorreu no dia 25 de maio. Estranhamente, apareceu com o rosto escondido sob uma máscara do Anonymous. Com este comentário enigmático: "É melhor vocês se acostumarem. É talvez minha última aparição pública".

Assange pode contar, a priori, com o apoio do presidente equatoriano. Quando o entrevistou, em abril, Rafael Correa disse estar diante de um homem "perseguido, caluniado, linchado mundialmente" depois de ter colocado os Estados Unidos "em xeque".

A entrevista fazia parte de uma série de programas políticos polêmicos na rede de televisão internacional russa pró-Putin RT.

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Londres - Equador e Reino Unido estão negociando para buscar uma solução para o caso do fundador do site WikiLeaks, Julian Assange , refugiado desde terça-feira na embaixada do país andino, onde pediu asilo político para evitar uma extradição para a Suécia.

A embaixadora do Equador em Londres, Ana Albán, assinalou que manteve discussões cordiais e construtivas com representantes do governo britânico durante uma reunião no ministério das Relações Exteriores.

Albán informou a seus interlocutores de que o pedido de asilo político, baseado na declaração de direitos humanos da ONU, será avaliado pela chancelaria de seu país, e que "não era intenção do governo equatoriano interferir nos processos dos governos britânico ou sueco, e sim encontrar uma solução justa para esta situação", declarou em um comunicado.

Por sua parte, o ministério das Relações Exteriores britânico limitou-se a dizer que estava em contato com as autoridades equatorianas, um dia depois que estas assinalaram que Assange permaneceria na embaixada sob a proteção do governo durante a avaliação do pedido.

Por outro lado, a polícia britânica anunciou que o fundador do WikiLeaks se expõe a uma detenção depois de ter violado os termos da liberdade condicional, anunciou a polícia britânica.

Uma porta-voz da Scotland Yard recordou que entre as condições estava a permanência em um endereço pré-determinado entre as 22H00 e as 8H00 locais.

"Às 22H20 de terça-feira, a polícia foi notificada que Assange havia violado uma das condições. Está exposto agora a uma detenção pelo descumprimento das condições", declarou a porta-voz.


"Os agentes conhecem sua localização na embaixada do Equador em Hans Crescent, Londres", completou.

"Ele está exposto agora a uma detenção pelo não cumprimento das condições", disse.

Já organizações de redes sociais anunciaram nesta quarta-feira, em Quito, seu apoio ao pedido de asilo de Assange.

"Assange é um perseguido político. Ou seja, a verdade pressupõe repressão", declarou à AFP o espanhol Daniel Vásquez, do grupo aLabs, que promove o desenvolvimento do software livre.

Assange provocou uma situação dramática ao entrar na terça-feira na embaixada do Equador, país ao qual solicitou asilo político depois de ter esgotado, em 18 meses de batalha jurídica na Grã-Bretanha, todos os recursos possíveis para escapar do pedido de extradição na Suécia.

A mãe de Assange, Christine Assange, afirmou que o pedido de asilo político do filho é um "último esforço desesperado.

"É um último esforço desesperado, porque ele é um preso político", declarou a australiana Christine Assange.

Ela disse ainda que não tem dúvidas sobre uma intimidação dos Estados Unidos sobre o Equador.

Na Suécia, o advogado das duas mulheres que acusam Assange por supostos delitos sexuais, inclusive estupro, se mostrou convicto de que o Equador rejeitará o pedido.

"Não posso imaginar que o Equador conceda o asilo", afirmou Claes Borgstroem, acrescentando que o pedido não passa de mais uma tentativa legal para deter ou atrasar o processo de que é alvo.


Desde que se entregou à Scotland Yard, em dezembro de 2010, o fundador do WikiLeaks, um site especializado em vazamento de documentos, sempre se apresentou como vítima de "perseguições" em seu combate para "libertar a imprensa" e "desmascarar os segredos e abusos de Estado".

Declarou-se "ameaçado de morte", denunciou um "boicote econômico", falou de um complô produzido pelas autoridades americanas para deportá-lo a Guantánamo, via Estocolmo.

O WikiLeaks é o pesadelo de Washington desde a divulgação de milhares de documentos americanos, de mensagens militares secretas sobre as guerras de Iraque e Afeganistão e de telegramas diplomáticos confidenciais.

Assange, de 40 anos, diz estar "abandonado" por seu país de origem, a Austrália. Critica a regularidade dos tribunais britânicos em querer enviá-lo à Suécia para responder às acusações - infundadas, segundo ele - de estupro e agressão sexual denunciadas por duas mulheres.

Há três semanas, no entanto, o carismático comunicador parecia ter deixado o primeiro plano.

Não compareceu à audiência na qual a Suprema Corte britânica rejeitou sua última apelação, no dia 14 de junho, perdendo um encontro com a imprensa e com alguns admiradores.

Sua última aparição pública ocorreu no dia 25 de maio. Estranhamente, apareceu com o rosto escondido sob uma máscara do Anonymous. Com este comentário enigmático: "É melhor vocês se acostumarem. É talvez minha última aparição pública".

Assange pode contar, a priori, com o apoio do presidente equatoriano. Quando o entrevistou, em abril, Rafael Correa disse estar diante de um homem "perseguido, caluniado, linchado mundialmente" depois de ter colocado os Estados Unidos "em xeque".

A entrevista fazia parte de uma série de programas políticos polêmicos na rede de televisão internacional russa pró-Putin RT.

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