. (Robson Ventura/Site Exame)
São Paulo - As empresas de telefonia brasileiras estão consolidando a migração de suas bases de clientes dos planos pré-pagos para planos controle ou pós-pagos, já que os assinantes pagam mais que os usuários que carregam créditos nos aparelhos. As ofertas de planos desse tipo começam a ficar mais atraentes para quem tem hoje um plano pré-pago.
A operadora Vivo, por exemplo, oferece planos pós de 8 GB, com ligações ilimitadas, por 120 reais ao mês. Ela também tem um modelo híbrido de pré e pós pago que se chama Vivo Easy. Esse plano não tem dados ou minutos que expiram, a proposta é a venda de pacotes que podem ser usados integralmente. Se isso não acontecer em um mês, você não precisa pagar por mais um ciclo com os mesmo benefícios. A cobrança acontece diretamente no cartão de crédito do usuário e só acontece quando há efetivamente a compra de gigabytes de internet ou minutos de ligação feita pelo cliente por meio do aplicativo do Vivo Easy.
Em maio, a TIM ofereceu acesso grátis a aplicativos como WhatsApp, Waze, Instagram e Facebook, por tempo limitado, como uma medida de aumentar sua base de usuários de planos pós-pagos.
Segundo a Teleco, na comparação entre o terceiro trimestre de 2017 e o de 2018, a Vivo perdeu cerca de 1,8 milhão de clientes no segmento pré-pago, seguida pela TIM, com 870 mil usuários a menos. Claro e Oi seguem a lista com perda de 522 mil e 322 mil clientes, respectivamente.
Com isso, dado o total de clientes, a Claro superou a TIM e agora é a operadora com maior número de clientes no pré-pago. Ela também é a empresa com melhor média de velocidade 4G, de acordo com o ranking mais recente da Ookla.
Já no pós-pago, a Vivo lidera a aquisição de novos clientes, com 457 mil a mais, seguida de perto pela TIM (430 mil), Claro (331 mil) e Oi (316 mil). O lucro da Vivo no trimestre foi de 3,2 milhões de reais. Os dados desconsideram as aquisições M2M (comunicação máquina a máquina).