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Embaixador americano na Bélgica explica polêmica de escutas

Bruxelas - O ministro belga das Relações Exteriores, Didier Reynders, 'convidou' o embaixador americano Howard Gutman a se apresentar para dar explicações sobre as...

Didier Reynders (AFP)

Didier Reynders (AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.

Bruxelas - O ministro belga das Relações Exteriores, Didier Reynders, "convidou" o embaixador americano Howard Gutman a se apresentar para dar explicações sobre as possíveis atividades de espionagem realizadas pelos Estados Unidos em países europeus, anunciou nesta segunda-feira.

"Nós decidimos pedir ao embaixador dos Estados Unidos para que venha nos dar explicações sobre as informações que circulam na imprensa sobre a possível espionagem de vários Estados europeus, e principalmente dos escritórios de representações europeias nos Estados Unidos, como o Juste Lipse", sede do Conselho dos Ministros da UE em Bruxelas, declarou à imprensa o chefe da diplomacia belga.

"Se for verdade, então é muito grave. Esperamos os comentários do embaixador dos Estados Unidos", disse Reynders.

O convite - que não é uma "convocação", um termo mais forte na linguagem diplomática - foi elaborado "em colaboração" com outras capitais europeias, indicou Reynders, enquanto Paris e Viena anunciaram medidas semelhantes.

"Este é o mesmo questionamento feito na Alemanha, na França e em outros países, mas também, acredito, em nível europeu", assegurou o chefe da diplomacia belga, sem especificar a data da reunião.

"Em seguida, poderemos ter uma consulta na UE para decidir uma reação", disse, adotando a mesma postura da chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, que também pediu explicações a Washington.

A revista alemã Der Spiegel revelou no domingo que a Agência Nacional de Inteligência (NSA) americana espiona escritórios da UE nos Estados Unidos, e também em Bruxelas, há muitos anos.

O Der Spiegel baseou suas acusações em documentos confidenciais divulgados pelo ex-consultor da NSA Edward Snowden, que revelou um vasto programa do governo americano de escutas telefônicas e de vigilância na internet.

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