Tecnologia

Em desuso, telefones públicos vão auxiliar transporte em SP

A iniciativa tenta ajudar os mais de 2,7 milhões de passageiros de ônibus da cidade com informações que os permitam se orientar entre as centenas de linhas


	Orelhão: "O mais importante do projeto é que não é uma nova tecnologia, mas um novo uso das que já existiam"
 (REUTERS/Nacho Doce)

Orelhão: "O mais importante do projeto é que não é uma nova tecnologia, mas um novo uso das que já existiam" (REUTERS/Nacho Doce)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2016 às 17h55.

São Paulo - O Projeto "Smart Orelhão" promete usar os 25 mil telefones públicos de São Paulo - muitos deles abandonados - para auxiliar o transporte público da maior cidade brasileira.

Uma agência de publicidade foi a idealizadora da iniciativa, que tenta ajudar os mais de 2,7 milhões de passageiros diários de ônibus da cidade com informações que os permitam se orientar entre as centenas de linhas da maior rede de transporte urbano do país.

"O mais importante do projeto é que não é uma nova tecnologia, mas um novo uso das que já existiam: de um lado tínhamos informações públicas dos ônibus e, do outro, os dados da Anatel com as posições dos telefones públicos", afirmou à Agência Efe Rafael Franzini, diretor de criação da Agência LDC.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), reguladora estatal, indicou que a média de chamadas diárias a partir de telefones públicos em São Paulo é de só duas ligações.

A iniciativa disponibiliza o número 0800-887-0878, para o qual o passageiro ligará gratuitamente e será atendido por um sistema automático de resposta.

O dispositivo localizará o usuário e lhe dirá quais as linhas que passam pelo ponto mais próximo.

O 'Smart Orelhão' foi uma das propostas do Festival Red Bull Basement, que foi realizado no último fim de semana, em São Paulo, para incentivar a produção, a pesquisa e a divulgação de projetos que buscam o aproveitamento do mobiliário urbano em plataformas digitais.

"É uma maneira de interferir na cidade. Antes tínhamos uma intervenção mais artística, como o grafite ou a arte andarilha, por exemplo, e hoje podemos pensar em uma proposta mais digital, com dispositivos eletrônicos e sensores diversos", destacou Andrei Speridião, idealizador do Red Bull Basement.

Para ele, este tipo de iniciativas permite "que as pessoas atribuam novos significados aos lugares" em que habitam e com os quais têm contato diário, mas às vezes despercebido, como no caso dos telefones públicos em desuso.

Red Bull - Smart Orelhões from LDC on Vimeo.

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