Em busca do som perfeito
Apaixonado por música, o executivo Ricardo Monteiro mantém 3 000 discos de vinil e toca-discos de diferentes épocas
Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2014 às 15h53.
No fim de março, quem entrasse na casa do executivo Ricardo Monteiro, diretor de marketing da operadora GVT, seria recebido por uma relativa bagunça. Quatro vitrolas sobre uma pilha de caixas e vários discos de vinil davam as boas-vindas e denunciavam seu hobby: colecionar LPs, toca-discos e aparelhos de som de várias épocas. Audiófilo, Monteiro mantém mais de 3 000 discos junto de um bom número de vitrolas e outros equipamentos, entre amplificadores, receivers e até um rádio da época da Segunda Guerra Mundial. Tudo é parte de sua paixão por música e de uma obsessão por ouvi-la com a qualidade mais refinada.
A mania começou cedo. Engenheiro elétrico e químico de formação, Monteiro, 48 anos, completou um curso técnico em eletrônica aos 13 anos e começou a juntar válvulas. Hoje é dono da maior coleção do mundo, com 11 000 itens. As válvulas o levaram a colecionar mais componentes, e ele passou a montar ou reformar toca-discos e outros equipamentos. A intenção? Ouvir um som o mais puro possível.
Na sala estão dois belos amplificadores que levaram oito anos para ser montados. São melhores do que muito aparelho de 10 000 reais, diz. Monteiro ainda vende equipamentos e recebe encomendas, o que ajuda a aumentar o acervo de discos. É um hobby autossustentável, nunca investi 1 centavo, afirma. Seu xodó é o jazz: um vinil de Miles Davis, a edição especial de Kind of Blue, que levou mais de um ano e meio para conseguir. Aqui só não entra dupla sertaneja desafinada, diz Monteiro.