Elon Musk é acusado de dever R$ 2,4 bilhões em indenizações após demissões no Twitter
Segundo a acusação, Elon Musk sabia do plano de indenização antes de demitir funcionários, mas recuou diante do "custo"
Agência de notícias
Publicado em 13 de julho de 2023 às 10h28.
Última atualização em 13 de julho de 2023 às 10h29.
Courtney McMillian, ex-chefe de recursos humanos do Twitter, acusou a empresa de deixar de pagar cerca de US$ 500 milhões (R$ 2,4 bilhões) em indenizações de demissão devidas aos ex-funcionários da empresa, segundo reportagem da BBC. Procurado, Twitter não comentou.
A alegação consta em ação coletiva. Segundo a acusação, Elon Musk sabia do plano de indenização antes de demitir funcionários, mas recuou diante do "custo". A empresa já enfrenta diversas ações relacionadas às demissões em massa após a compra do Twitter por Musk no ano passado. Segundo a ação judicial, as demissões afetaram cerca de 6 mil pessoas.
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Plano de indenização previa dois meses de salário
De acordo com o plano de indenização do Twitter, os funcionários deveriam receber no mínimo dois meses de salário base como indenização, além de uma contribuição em dinheiro para o seguro saúde, entre outros benefícios, segundo a reclamação.
Além disso, funcionários com cargos mais altos deveriam receber seis meses de salário base como indenização, além de uma semana para cada ano completo de experiência. Porém, segundo a ação, funcionários receberam "no máximo" três meses de salário depois de serem demitidos.
Em novembro, Musk afirmou que os funcionários receberiam três meses de salário, "50% a mais do que o exigido por lei". A reclamação acusa Musk de enganar os funcionários.
"Ele aparentemente fez essas promessas sabendo que eram necessárias para evitar demissões em massa que teriam ameaçado a viabilidade da fusão e a vitalidade do próprio Twitter", disse Kate Mueting, advogada do escritório Sanford Heisler Sharp, que representa McMillian.