Londres - O trabalho das empresas musicais mudou na última década: agora são encarregadas de encontrar artistas com talento e 'mostrar como tirar proveito dos novos dispositivos do mercado', afirmou nesta quarta-feira Eric Daugan, o vice-presidente de Estratégia Comercial da Warner Music International.

Durante uma mesa-redonda no evento Nokia World, realizado nesta quarta-feira em Londres, o vice-presidente explicou a diferença no número de 'superestrelas globais' da música que vemos atualmente com as que existiam dez anos atrás, apontando as consequências do aumento de artistas e de repertórios com a consolidação da internet.

'Era muito simples quando a tecnologia visava a criatividade, mas houve uma explosão em beneficio dos artistas. Há uma grande diversidade de formatos atualmente', explicou.

Daugan considera positivo para o setor os novos serviços e aplicativos para descobrir músicas, como os que foram apresentados nesta quarta pela Nokia. A multinacional finlandesa já incorporou em seus dois novos celulares a função denominada MixRadio, que permite escutar música em 'streaming' (sem necessidade de download) através de canais que relacionam artistas e estilos diferentes.

'O assunto de descobrir é fundamental', afirmou o diretor- executivo de Desenvolvimento Digital e de Negócio do grupo PIAS, Adrian Pope, acrescentando que o novo serviço da Nokia é uma ferramenta adequada para 'chamar a atenção sobre outros estilos e artistas'.

A multinacional finlandesa trabalhou para elaborar 100 canais diferentes com o dispositivo MixRadio, que conta com mais de 15 milhões de canções 'relevantes localmente' para cada mercado em que se encontra.

Acompanhando o lançamento dos novos modelos de celular, a empresa Monster desenvolveu uma linha de fones de ouvido específicos para os novos telefones da Nokia, Lumia 800 e Lumia 710.

'É a primeira vez que fazemos fones para um dispositivo concretamente', disse o executivo-chefe da Monster, Noel Lee.