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Debate “É poca zuera” do youPIX discute pegadinhas da Internet

Convidados falaram sobre os hoax, boatos, fofocas e virais que se espalham pela rede

youPIX Festival (Reprodução)

youPIX Festival (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2014 às 16h10.

O palco principal do youPIX Festival foi aberto nesta sexta-feira (18) com um debate sobre "zueras" da internet. Cid (do blog Não Salvo), Rosana Hermann (especialista em comportamento digital), Gilmar Lopes (do portal eFarsas) e Rafael Vilela (do Mídia Ninja) participaram do encontro, mediado pela jornalista Ana Paula Freitas. Eles falaram sobre os hoax, boatos, fofocas e virais que se espalham pela web pelo simples fato de os internautas compartilharem informações sem checarem suas procedências.

Ana Paula comentou sobre as últimas notícias falsas que vimos na Internet durante a semana passada, como aquela que dizia que a seleção alemã doaria seu centro de treinamento na Bahia (um hotel) para o estado, e convidou seus colegas a darem dicas de como identificar uma notícia falsa.

Rosana comentou que é sempre difícil saber diferenciar uma informação falsa de uma verdadeira porque muitos indícios nos levam a achar que a notícia é real. “O melhor a fazer é dizer que aquela é a sua versão dos fatos, compartilhando os méritos e as responsabilidades”. Ela completou dizendo que, caso o usuário publique algo em um blog ou em alguma rede social, é sempre bom explicar que não há a confirmação de veracidade daquela informação, além de perguntar aos leitores e amigos se eles sabem mais informações sobre o assunto.

Cid diz que um post feito por um grande portal da internet também não é garantia de verdade. "Antigamente, quando um jornalista publicava algo errado em um jornal, tinha que esperar para dar uma ‘errata’ no dia seguinte. Hoje em dia, é só atualizar a matéria no site e pronto. Quem viu, viu, quem não viu, não verá mais. Todo mundo quer dar a notícia primeiro. Só checam depois”.

De acordo com Lopes, os brasileiros adoram compartilhar notícias para parecerem bem informados. Para Cid, é ainda pior o fato de que a maioria das pessoas adiciona mais informações falsas na hora de compartilhar uma pegadinha – o famoso “boca-a-boca”.  

Mas Vilela acha que esse “telefone sem fio” também pode ser útil, já que muitas vezes ajuda a entender os fatos. Ele dá um exemplo de quando alguém faz uma postagem dizendo “Só sei isso, alguém sabe mais sobre o assunto?” e é ajudado pelos leitores ou amigos.

Rosana deu um exemplo de quando era roteirista do programa Pânico na TV. Ela disse que uma vez o personagem Vesgo (Rodrigo Scarpa) editou o artigo da Wikipedia que falava sobre ele mesmo, acrescentando a informação de que ele era quem ficava dentro da fantasia da cadela Priscila, do extinto programa infantil TV Colosso. Foi o suficiente para um jornalista de um grande jornal perguntar, em uma entrevista, sobre como havia sido atuar como Priscila.

Como conclusão, todos disseram que é preciso sempre procurar mais informações sobre uma notícia antes de compartilhar nas redes sociais ou páginas da Internet. “Pelo sim, pelo não, fique sempre com o ‘não’”, finaliza Rosana.

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