sony pictures (Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2015 às 09h30.
Ao longo das últimas sete semanas, o presidente-executivo da Sony Pictures lidou com as consequências de um ciberataque que ele comparou a ter sua casa assaltada e incendiada.
Mas o devastador ataque, disse, pode acabar sendo um desastre muito menor para o estúdio do que muitos previam.
Michael Lynton afirmou que os custos associados ao ciberataque, o mais destrutivo em uma empresa privada em solo norte-americano, serão completamente cobertos pelo seguro e não implicarão mais cortes de custos depois de alguns anos de dolorosa reestruturação.
"Eu diria que o custo é muito menor do que qualquer coisa que qualquer pessoa esteja imaginando e certamente não deve ser disruptivo para o nosso orçamento", disse Lynton à Reuters em uma entrevista, sete semanas após o ataque de hackers.
O governo dos Estados Unidos culpou a Coreia do Norte pelo ocorrido.
Apesar de Lynton não fornecer uma estimativa para os custos do incidente para o braço de entretenimento da Sony, ele disse que eles estavam "bem dentro dos limites de seguro".
Alguns especialistas projetaram o custo em até 100 milhões de dólares, o que poderia incluir o reparo ou substituição de computadores, medidas para prevenir um ataque futuro e perda de produtividade enquanto operações foram interrompidas.
O ataque que alvejou a Sony Pictures levou à perda de enormes quantidades de dados e também à distribuição online de e-mails, dados sensíveis de funcionários e cópias piratas de filmes inéditos.
Após o ataque em 21 de novembro, funcionários foram trabalhar e encontraram não apenas computadores desativados, mas se depararam com a perda de e-mails antigos, além de contatos, listas de distribuição, orçamentos e quaisquer outras coisas armazenadas na rede.
Em um estúdio que se orgulhava de ser "verde" e sem papel, um funcionário disse que era como se "o lugar tivesse sido queimado".