Crise dos semicondutores: empresa avisa sobre impacto massivo na produção
A pandemia acelerou a adoção de novas tecnologias e prejudicou a cadeia de fornecimento do setor. Agora, um incêndio pode causar atrasos na produção de eletrônicos - de carros a smartphones
Lucas Agrela
Publicado em 21 de março de 2021 às 15h25.
Última atualização em 21 de março de 2021 às 15h26.
A crise dos semicondutores no mundo ganhou um novo capítulo: a Renesas Electronics, uma das maiores fabricantes de chips do mundo, avisou que um incêndio em uma de suas fábricas pode ter impacto massivo na sua produção. A companhia parou a sua produção no local por, ao menos, um mês, de acordo com o jornal americano Financial Times.
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A companhia é uma das principais fornecedoras para o mercado automotivo.O caso acontece em meio à escassez global de semicondutores, que afeta, também, os mercados de celulares e equipamentos conectados em geral.
O incêndio aconteceu em uma das fábricas da Renesas Electronics no norte do Japão e queimou 2% do maquinário. A empresa é a mesma que anunciou a intenção de comprar Dialog, fornecedora da Apple, por 4,9 milhões de euros. A proposta será mantida diante dos novos acontecimentos.
A falta de semicondutores pode atrasar a produção de equipamentos eletrônicos no mundo, desde um celular até um carro, passando por uma ampla gama de produtos que utilizam chips.
Em entrevista para a emissora americana Bloomberg concedida na última semana, Cristiano Amon, eleito CEO da Qualcomm, informou esperar que a demanda e a oferta estejam equilibradas ao fim do ano na empresa. Os chips da companhia americana são utilizados em smartphones das principais fabricantes do ramo, como Samsung, Motorola, Apple e Xiaomi.