Criadora do MP3 quer que você pare de usar esse formato
Com fim do licenciamento do MP3, ideia é trazer mais inovação para o mercado de áudio, já que alternativas de melhor qualidade já estão disponíveis
Marina Demartini
Publicado em 16 de maio de 2017 às 09h00.
Última atualização em 16 de maio de 2017 às 09h49.
São Paulo – O instituto criador do MP3 parou de apostar no formato de áudio. Depois de mudar completamente a forma como compartilhamos e ouvimos músicas, oInstituto Fraunhofer de Circuitos Integrados anunciou que não irá mais renovar a licença de codificação do formato.
Na prática, pouco muda. Agora, trabalhar com codificação do arquivo de áudio será grátis -- até agora, oInstituto Fraunhofer de Circuitos Integrados cobrava pelo licenciamento da tecnologia de compressão de áudio.
A argumentação central do instituto é que o MP3 não é a melhor opção de áudio para 2017. Em comunicado, a organização afirma que outros formatos, como o AAC, são superiores em compressão, qualidade de som e são também mais versáteis.
O MP3 é um formato popular desde o início dos anos 2000 e ajudou empresas, como Apple, a construírem um império no mundo da música. Apesar de a patente de codificação ter sido liberada só agora, a de decodificação já é livre há anos. Por isso, qualquer pessoa pode usar arquivos no formato sem precisar pagar.
Segundo o Instituto, a ideia por trás dessa "aposentadoria" é trazer mais inovação para o mercado de áudio. A fundação alemã reforça que alguns provedores de serviços de streaming, rádio e TV já utilizam outros formatos.O padrão para iPhone e iTunes , por exemplo, é o AAC.
Agora, a tendência é que, ao longos dos próximos anos, o formato caia em desuso. Por ora, no entanto, você pode continuar ouvindo a sua biblioteca de músicas sem qualquer preocupação.