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Coração artificial de titânio é implantado pela primeira vez em um humano

Cirurgia histórica foi realizada no Texas, como parte de um estudo da FDA

Coração artificial: desenvolvido pela BiVACOR e pelo Texas Heart Institute (Divulgação)

Coração artificial: desenvolvido pela BiVACOR e pelo Texas Heart Institute (Divulgação)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 7 de agosto de 2024 às 16h19.

Pela primeira vez, um coração artificial construído em titânio foi implementado com sucesso em um paciente humano com insuficiência cardíaca terminal. A cirurgia faz parte do Estudo de Viabilidade Inicial (EFS) da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, e foi realizada no dia 9 de julho de 2024, no hospital Baylor St. Luke’s Medical Center, localizado no Texas, EUA.

O anúncio sobre o sucesso do procedimento ocorreu no final de julho pelo Texas Heart Institute e pela BiVACOR, empresa de dispositivos médicos. O dispositivo, chamado Coração Artificial Total (TAH, na sigla em inglês), é uma bomba de sangue rotativa biventricular construída em titânio com uma única parte móvel que utiliza um rotor magnético que bombeia sangue, substituindo os dois ventrículos de um coração com insuficiência.

A insuficiência cardíaca é um distúrbio caracterizado pela incapacidade do coração de suprir as necessidades do corpo, causando a redução do fluxo sanguíneo, refluxo de sangue nas veias e nos pulmões. A doença causa sintomas como falta de ar e fadiga e pode ser causada por doenças cardíacas, hipertensão arterial, insuficiência renal, distúrbios da tireoide, anemia ou uso de alguns medicamentos.

O objetivo do estudo EFS, realizado em humanos, é avaliar a segurança e o desempenho do coração de titânio como uma solução para pacientes com insuficiência cardíaca que estão aguardando um transplante.

Segundo comunicado emitido pelo Texas Heart Institute, o dispositivo, apesar de pequeno, é capaz de fornecer suporte cardíaco o suficiente para um homem adulto que pratica exercícios físicos. O coração também é capaz de se autorregular conforme o nível de atividade do paciente.

Após o sucesso da primeira implantação, quatro pacientes adicionais serão inscritos no estudo. Com o resultado positivo do estudo, o dispositivo passa a ser uma opção de tratamento de suporte.

“O Texas Heart Institute está entusiasmado com a primeira implantação inovadora do TAH da BiVACOR. Com a insuficiência cardíaca permanecendo como uma das principais causas de mortalidade globalmente, o TAH da BiVACOR oferece um farol de esperança para inúmeros pacientes que aguardam um transplante de coração”, afirma Joseph Rogers, presidente e CEO do Texas Heart Institute e pesquisador principal do estudo, em comunicado. Com a insuficiência cardíaca permanecendo como uma das principais causas de mortalidade globalmente, o TAH da BiVACOR oferece um farol de esperança para inúmeros pacientes que aguardam um transplante de coração.

 

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