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Conheça o ouro que será utilizado na Apple Watch Edition

Para a linha de luxo dos relógios inteligentes da Apple, a empresa desenvolveu um novo tipo de ouro "super duro" após um processo especial


	Apple Watch: em um pedido de patente, é possível ver um "método e aparelho para formar um composto com matriz metálica de ouro”, diz a empresa
 (Divulgação / Apple)

Apple Watch: em um pedido de patente, é possível ver um "método e aparelho para formar um composto com matriz metálica de ouro”, diz a empresa (Divulgação / Apple)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2015 às 20h12.

Na semana passada, o vice-presidente de design da Apple, John Ive, deu uma entrevista ao Financial Times dizendo que a Apple inventou um novo tipo de ouro ‘super duro’ para utilizar na linha de luxo de seus relógios inteligentes, a Edition.

Em um pedido de patente feito pela Apple no ano passado, é possível ver um "método e aparelho para formar um composto com matriz metálica de ouro”. Ela descreve vários processos para deixar o ouro mais duro.

Segundo o Gizmodo, o ouro da Apple é feito utilizando um processo especial que envolve a mistura do pó de ouro com pó cerâmico. Depois, é preciso aquecê-la e comprimi-la para criar uma substância que é mais dura e mais resistente do que o ouro regular.

O ouro da Apple pode ser misturado com "carboneto de boro, diamante, nitreto de boro cúbico, nitreto de titânio, silicato de alumínio e ferro, carboneto de silício, nitreto de alumínio, óxido de alumínio, pó de safira, óxido de ítrio, dióxido de zircônio e carboneto de tungstênio”, como pode ser lido na patente.

De acordo com o documento, a empresa pode utilizar várias formas para fundir cerâmica e metal. Uma delas inclui fazer uma "pré-forma" porosa de cerâmica que será preenchida com uma "rede de ouro" para criar a matriz de cerâmica e metal. Segundo o Gizmodo, isso significa que, basicamente, os metalúrgicos criariam uma camada de cerâmica e em seguida borrifariam o ouro nele.

Desse modo, as moléculas de ouro seriam inseridas entre as moléculas da cerâmica – e pode ser este o processo que levou à estranha descrição de Ive no Financial Times.

O material, então, seria comprimido e aquecido em um processo chamado de sinterização até que o metal e a cerâmica se tornassem uma massa sólida.

Na parte de resumo da patente também existe outro método pelo qual a Apple pensou em fazer as molduras do relógio. Depois de revestir as partículas de cerâmica com ouro, os metalúrgicos poderiam “colocar a mistura de cerâmica e ouro dentro de um molde com uma forma quase líquida.

O método inclui, adicionalmente, comprimir e aquecer a mistura de cerâmica e ouro no molde, formando um composto com matriz metálica de ouro que possui uma forma correspondente àquela quase líquida". Este processo, chamado de die-striking, é uma forma comum de aumentar a dureza de jóias.

Um terceiro método ainda mostra que a Apple poderia utilizar partículas de diamante na mistura de cerâmica e ouro. Ainda de acordo com o Gizmodo, o material que a Apple descreve é bastante semelhante ao utilizado em um relógio de ouro que a fabricante suíça Hublot criou em 2011, também utilizando cerâmica.

Resumindo: as técnicas utilizadas pela Apple não são nenhuma novidade na indústria de jóias. Ouro e diamante também são muito usados em aplicações de ciência dos materiais, geralmente em microchips ou componentes industriais.

Detalhes sobre o Apple Watch devem ser revelados no evento que a Apple preparou para hoje, às 14h (horário de Brasília).

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