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Conheça o misterioso celular “tijolo” que virou febre na África

Um smartphone fora dos padrões se torna viral em Gana por um motivo especial

celular da África (Emmanuel Quartey)

celular da África (Emmanuel Quartey)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2015 às 06h56.

Um celular do tipo tijolo, muito parecido com os modelos da primeira geração que o mundo conheceu, anda fazendo sucesso em Gana, noroeste da África. A febre foi detectada pelo ganense Emmanuel Quartey, diretor de produto da incubadora Meltwater – segundo o relato dele, é possível ver gente usando o aparelho por toda a cidade. 

De acordo com Quartey, o smartphone “sem nome oficial” possui uma característica específica que explica o seu sucesso naquele país: uma bateria que também serve para recarregar outros produtos eletrônicos, como tocadores de MP3, por exemplo. Quartney chamou a eficiente bateria de “power bank”, algo como banco de energia.

“Inicialmente, eu tive problemas para processar o que eu estava vendo”, escreveu o tecnólogo no blog Medium. “Num momento em que fabricantes disputam para fazer dispositivos cada vez mais finos, o tamanho dessa coisa é quase indecente”.

Além da vantagem de durar bem mais do que a média de qualquer smartphone, a bateria do misterioso celular é ideal para o momento de crise energética pelo qual Gana está passando. Apagões de 36 horas se tornaram comuns na capital Acra, ele afirmou.

O celular também possui outras vantagens, como a capacidade de armazenar até três SIM Cards, uma lanterna de LED e o preço — custa entre 25 e 38 dólares. 

Como alguém que trabalha diretamente com start-ups de tecnologia, Quartney concluiu que os fabricantes de telefones precisam resolver a questão da bateria. “As pessoas amam seus celulares, mas odeiam o quão difícil é mantê-lo carregado”. E ainda comparou o celular com os projetos do Google e do Facebook de levar internet a lugares remotos do planeta. "Indiscutivelmente, um smartphone que tem a duração de uma semana com uma única carga iria fazer mais para acelerar a adoção de smartphones nos mercados emergentes do que Google Loon ou Internet.org do Facebook", escreveu.

Fonte: Medium

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