São Paulo - Jen Lowe é jovem, loura e tem um coração que bate ao vivo na internet. Ela desenvolveu um sistema que monitora seus batimentos cardíacos e vem compartilhando os dados por meio de um site.
Em onehumanheartbeat.com, é possível saber ainda quantas dias já viveu e quantos ainda deve ter pela frente a pesquisadora do Columbia University's Spatial Information Design Lab. Para obter estes dados, ela usa um relógio inteligente Basic Fitness.
O gadget grava a média de batimentos cardíacos por minuto da cientista, que publica a informação 24h depois em seu site. Assim, o que aparece lá agora aconteceu com ela um dia atrás.
"Duas vezes por dia eu conecto o relógio e atualizo o site com minhas últimas taxas de batimento cardíaco", afirma Jen em texto sobre o experimeto. Segundo a pesquisadora, o objetivo da iniciativa é gerar discussão sobre big Data.
Big Data
Uma das mais promissoras tendências atuais na área de tecnologia, o big Data consiste no armazenamento e análise de dados em grande escala. Cada vez mais comum, o procedimento é realizado com diversos fins.
Porém, os críticos apontam hoje o big Data como uma ameaça à privacidade. Para eles, casos como o escândalo envolvendo a agência americana NSA no ano passado seriam exemplo disso.
Entretanto, tudo indica que o big Data veio mesmo para ficar. No ano passado, a expectativa do instituto ABI Research era que tecnologias do tipo movimentassem mais de 30 bilhões de dólares em todo mundo. Até 2018, o instituto prevê que o setor alcance a marca de 114 bilhões de dólares.
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1. Dublin
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A prefeitura fez um acordo com a IBM para entender o problema do congestionamento e da lotação de seu serviço de transporte público. Pesquisadores da gigante americana utilizam dados de uma série de fontes, como câmeras de monitoramento, GPS de ônibus e tabelas de horários, para criar um panorama digital do trânsito da capital irlandesa. Com esse mapa, será possível que operadores identifiquem pontos críticos de congestionamento e trabalhem alternativas.
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2. Birmingham
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A falta de precisão meteorológica pode ser minimizada a partir da análise de grandes volumes de dado. A cidade de Birmingham lançou um projeto em que instalou uma série de sensores em postes de luz da cidade. Esses equipamentos medem diversos índices e os transmitem às centrais de meteorologia. Com informações mais precisas de cada localidade, é possível traçar um mapa mais completo e confiável para os moradores.
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3. Seattle
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O laboratório Senseable City Lab, do MIT, convidou 500 pessoas para etiquetarem seu lixo com tags eletrônicas. Ao todo, cerca de 5 mil pedaços de dejetos foram rastreados em seu caminho pelos Estados Unidos ao longo de três meses. Com esse grande volume de dados reunidos, os pesquisadores obtiveram uma base para iniciar um estudo de logística e melhoria do fluxo do lixo produzido na cidade.
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4. Bamberg
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Com a preocupação dos moradores em torno da construção de uma linha de trem de alta velocidade, a prefeitura recorreu à visualização digital de grande volume de dados. Em parceria com a Autodesk, as autoridades de Bamberg montaram um modelo de como a construção, inclusive suas barreiras de som, manteriam preservadas as construções históricas do município alemão. Essa estratégia pode ser utilizada também para planejar investimentos, por exemplo.
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5. Boston
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O governador Deval Patrick lançou no fim de 2012 um projeto chamado “A Iniciativa Big Data” que construiu um espaço hacker chamado Hack/Reduce. Nesse prédio, computadores foram colocados à disposição de qualquer profissional ou empreendedor interessado em processar grandes volumes de dados. A ideia era atrair talentos para usar essa infraestrutura para explorar informações fornecidas pela cidade, de maneira a melhorar serviços no município.