Conheça a clínica para jovens chineses viciados em internet
A China espalhou cerca de 250 clínicas de recuperação para jovens viciados em internet, elas, no entanto, mais parecem campos militares. Conheça uma em fotos
Victor Caputo
Publicado em 2 de julho de 2014 às 09h26.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h08.
São Paulo - As fotos a seguir dão a impressão de um campo de treinamento militar, se não fosse pelos rostos jovens que estão neles. Ele é um campo de recuperação para jovens chineses viciados em internet. Estima-se que são 250 espalhados por todo o território chinês. Eles recebem adolescentes chineses que cada mais vez se enfurnam em um mundo virtual.
A jovem, no centro da foto, será internada em um dos campos, o Centro de Educação Qide, em Pequim, a pedido dos pais. Ela é levada por uma professora e um instrutor, que é também um ex-militar.
A jovem recém chegada à instituição conversa com algumas meninas que já estavam lá. Todos os estudantes do Centro de Educação Qide usam trajes camuflados militares.
Uma professora, do lado de dentro da sala, conversa com um dos instrutores (que é um ex-militar) pela janela de uma porta. O clima do centro de recuperação é parecido com o de uma prisão.
O clima militar toma conta da instituição. Até mesmo os estudantes, como o rapaz da foto, usam trajes camuflados, como os militares. A estrutura atrás do jovem da foto é um dos dormitórios do Centro de Educação Qide.
Imagem do interior de um dos dormitórios. Os rapazes seguem a disciplina militar e arrumam as camas de um dos quartos do Centro de Educação Qide.
Os dormitórios são dividos entre masculino e feminino. Na foto, um instrutor, ex-militar, fala com um grupo de meninas dentro do seu dormitório.
Os jovens internados por vício em internet têm uma rotina. Na foto, alguns deles ajudam a limpar o banheiro do Centro de Educação Qide, em Pequim.
Exercícios físicos também fazem parte da rotina. Na imagem, um recém-chegado faz abdominais enquanto um grupo de estudantes "veteranos" fica parado ao fundo.
As jovens não se desfazem de alguns apetrechos de decoração. Na foto é possível ver que mesmo em meio à rotina e os trajes militares, as meninas usam luvas decoradas em suas mãos.
A maior parte dos jovens que estão nos centros de reabilitação para viciados em internet foram enviados pelos próprios pais. Na foto, um instrutor, ex-miliar, ensina a marcha aos jovens internados.
Acostumados a ficar em frente a telas por boa parte do dia, nas clínicas de reabilitação a rotina é substituída por exercícios. Na foto, o instrutor coordena uma rodada de flexões de braço para os jovens internados.
Os exercícios físicos também são dados aos jovens como forma de punição. Caso um deles não siga as regras, o grupo como todo é penalisado. Na foto, uma menina sofre ao fazer flexões de braço.
Todos os exercícios e obrigações são executados em grupos. Na foto, os jovens dão risada enquanto executam uma série de agachamentos em grupo.
Jovem viciado em internet tem o cérebro escaneado no Centro de Tratamento para Vício em Internet de Daxing, em Pequim. Psicólogos apontam a pressão por competição da sociedade chinesa como motivo para que os jovens recorram ao mundo virtual.
Parte das obrigações dos jovens internados é para manter o Centro de Educação Qide funcionando. Eles ajudam até mesmo no processo de preparação das refeições do local.
Depois de preparar a refeição, os jovens internados no centro de recuperação para viciados em internet comem todos juntos.
Parte da rotina envolve conversas com psicólogos. Na foto, um rapaz chamado Wang conversa com um dos psicólogos da equipe do Centro de Educação Qide.
No Centro de Tratamento para Vício em Internet de Daxing, em Pequim, os jovens tomam medicações para o combate ao vício em internet. A China foi o primeiro país do mundo a colocar o vício em internet como uma questão clínica.
O tratamento no Centro de Educação de Qide leva seis meses. Na foto, um jovem se despede de seu companheiro depois de seis meses de internação no centro.
Chega a hora do adeus. Companheiros acenam em despedida a um dos jovens que terminou sua estadia de seis meses no Centro de Educação Qide.