Concurso escolherá projeto de nova estação na Antártica
Valor do projeto - que contará com alto grau de sofisticação tecnológica - é estimado em R$ 100 milhões
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2012 às 21h37.
Rio - O edital do concurso de arquitetura para a reconstrução da Estação Comandante Ferraz - base científica brasileira na Antártica , destruída por um incêndio em fevereiro - será lançado em janeiro. Entre outras soluções tecnológicas, vai exigir que toda a energia da estação seja proveniente de fontes renováveis.
A Marinha e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) assinaram no dia 12 o contrato para realização do concurso. Será aceita a participação de arquitetos estrangeiros, desde que associados a escritórios nacionais. De acordo com o IAB, a construção do projeto escolhido será iniciada em novembro de 2013. A previsão é que as obras sejam concluídas em dois anos.
O valor total do processo - da implantação do novo projeto até a inauguração da estação - está estimado em R$ 100 milhões. A nova base vai ocupar uma área maior que a anterior, de pouco mais de 3 mil metros quadrados.
O IAB e a Marinha ainda estão definindo os critérios de prevenção ambiental e acidental que os projetos inscritos deverão apresentar. Um dos consensos até o momento é a exigência do uso de energia limpa em todas as instalações, afirmou o presidente do IAB, Sérgio Magalhães.
Segundo ele, a parte elétrica provavelmente será baseada em energia solar, porque há restrições à geração de energia eólica na região, por causa da grande presença de aves migratórias. No entanto, é o projeto vencedor que vai apontar a melhor alternativa.
"Essa sofisticação, tanto tecnológica quanto construtiva e também espacial, certamente vai despertar o interesse de muitos arquitetos. É um projeto único, que tem um aspecto simbólico importante", disse Magalhães. "Os desafios para a resposta arquitetônica são muito sedutores. Por outro lado, há uma complexidade tecnológica que vai exigir uma série de estudos", acrescentou o presidente do IAB, lembrando que só será possível trabalhar 4 meses por ano na construção da nova base, de dezembro a março, devido ao clima.
Além de um rigoroso sistema de segurança para evitar novos acidentes, a questão do conforto térmico precisa ser muito bem resolvida, ressaltou Magalhães. Outro ponto que terá destaque no edital é a destinação dos resíduos, que devem ser armazenados para depois serem retirados da base. O projeto da nova estação também tem que contemplar uma solução para o acúmulo de gelo e neve no inverno: "Chegava a 7 metros de altura e encobria a antiga estação. A resposta arquitetônica também precisará enfrentar esse desafio", disse o presidente do IAB. O concurso será coordenado pelo arquiteto e conselheiro do IAB Luiz Fernando Janot.
Rio - O edital do concurso de arquitetura para a reconstrução da Estação Comandante Ferraz - base científica brasileira na Antártica , destruída por um incêndio em fevereiro - será lançado em janeiro. Entre outras soluções tecnológicas, vai exigir que toda a energia da estação seja proveniente de fontes renováveis.
A Marinha e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) assinaram no dia 12 o contrato para realização do concurso. Será aceita a participação de arquitetos estrangeiros, desde que associados a escritórios nacionais. De acordo com o IAB, a construção do projeto escolhido será iniciada em novembro de 2013. A previsão é que as obras sejam concluídas em dois anos.
O valor total do processo - da implantação do novo projeto até a inauguração da estação - está estimado em R$ 100 milhões. A nova base vai ocupar uma área maior que a anterior, de pouco mais de 3 mil metros quadrados.
O IAB e a Marinha ainda estão definindo os critérios de prevenção ambiental e acidental que os projetos inscritos deverão apresentar. Um dos consensos até o momento é a exigência do uso de energia limpa em todas as instalações, afirmou o presidente do IAB, Sérgio Magalhães.
Segundo ele, a parte elétrica provavelmente será baseada em energia solar, porque há restrições à geração de energia eólica na região, por causa da grande presença de aves migratórias. No entanto, é o projeto vencedor que vai apontar a melhor alternativa.
"Essa sofisticação, tanto tecnológica quanto construtiva e também espacial, certamente vai despertar o interesse de muitos arquitetos. É um projeto único, que tem um aspecto simbólico importante", disse Magalhães. "Os desafios para a resposta arquitetônica são muito sedutores. Por outro lado, há uma complexidade tecnológica que vai exigir uma série de estudos", acrescentou o presidente do IAB, lembrando que só será possível trabalhar 4 meses por ano na construção da nova base, de dezembro a março, devido ao clima.
Além de um rigoroso sistema de segurança para evitar novos acidentes, a questão do conforto térmico precisa ser muito bem resolvida, ressaltou Magalhães. Outro ponto que terá destaque no edital é a destinação dos resíduos, que devem ser armazenados para depois serem retirados da base. O projeto da nova estação também tem que contemplar uma solução para o acúmulo de gelo e neve no inverno: "Chegava a 7 metros de altura e encobria a antiga estação. A resposta arquitetônica também precisará enfrentar esse desafio", disse o presidente do IAB. O concurso será coordenado pelo arquiteto e conselheiro do IAB Luiz Fernando Janot.