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Como transformar informação em negócio

A imensa quantidade de dados digitais circulando pelo mundo cria oportunidades sem precedentes para a inovação e a diferenciação competitiva de empresas

Carro conectado: motorista terá sistemas de navegação, mídia social e entretenimento no veículo (iStockPhoto)
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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2015 às 05h50.

A imensa quantidade de dados digitais circulando pelo mundo cria oportunidades sem precedentes para a inovação e a diferenciação competitiva de empresas. São dados apresentados em múltiplas plataformas, que vão desde planilhas dos departamentos internos da companhia, localização de clientes por georreferenciamento dos celulares, tuítes e postagens nas redes sociais até como as pessoas estão usando a internet das coisas.

O desafio é fazer com que essa imensa massa de informação seja reunida, organizada e processada para que as empresas possam agir rapidamente. É nesse cenário que o analytics pode fazer diferença. “A ferramenta veio para ficar e é o que vai distinguir as empresas no futuro. Não importa o sistema ou o computador de última geração que possuem, mas o que elas estão tirando de valor das informações hoje disponíveis”, explica Pietro Delai, da consultoria especializada IDC Brasil.

O chamado segmento de business intelligence e analytics das empresas deve receber investimentos da ordem de 788 milhões de dólares em 2015, segundo a consultoria. A área de analytics já deixou de ser uma para ser a prioridade das companhias. Uma prova disso é que a IDC Brasil prevê que, em 2018, esses investimentos já estejam em 1,3 bilhão de dólares.

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Na prática

Uma pesquisa recente da Harvard Business Review Analytic Services, realizada com mais de 500 executivos e administradores, indicou que as novas tecnologias, incluindo computação em nuvem, mídias sociais, big data e analytics, já estão ajudando as empresas a aumentar a produtividade e as vendas, ao mesmo tempo que reduzem o risco dos negócios e cortam os custos operacionais.

Para desenvolver a sua plataforma de futuros carros conectados, a Fiat montou parcerias com empresas de ponta em sistemas de navegação, mídia, mídia social e entretenimento. Em breve, os motoristas terão a possibilidade de possuir praticamente um escritório inteligente dentro de seus veículos – e até com direito a entretenimento para as horas de trânsito parado.

Em um projeto pioneiro, a Thames Water, maior provedora de serviços de água e esgoto no Reino Unido, vem monitorando sua extensa rede de abastecimento. Com as informações obtidas, ela é capaz de antecipar falhas de equipamentos e responder em tempo quase real situações críticas, como vazamentos ou os impactos no sistema de uma tempestade que se aproxima.

A aplicação de técnicas de aprendizado de máquinas e de ciências analíticas também tem permitido esmiuçar e prever o comportamento potencial do consumidor e o desempenho da empresa. A Macy’s, por exemplo, é capaz de informar, por meio de um aplicativo, as promoções do dia e os descontos especiais aos clientes enquanto eles realizam suas compras nas lojas de Nova York e São Francisco.

Já uma empresa de serviços financeiros consegue detectar fraudes quase instantaneamente – evitando prejuízos milionários. Uma grande companhia de teatro, a britânica Royal Shakespeare Company, vem aumentando a venda de bilhetes apenas sugerindo espetáculos mais adequados a cada um dos seus fiéis espectadores.

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