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Como o FBI usou reconhecimento facial para achar invasor do Capitólio

O manifestante trumpista foi rastreado e preso após um software encontrar fotos dele no Instagram

A polícia do Capitólio detém manifestantes do lado de fora da Câmara da Câmara durante uma sessão conjunta do Congresso em 6 de janeiro de 2021 em Washington, DC. O Congresso realizou uma sessão conjunta hoje para ratificar a vitória do Colégio Eleitoral 306-232 do presidente eleito Joe Biden sobre o presidente Donald Trump. Um grupo de senadores republicanos disse que rejeitaria os votos do Colégio Eleitoral de vários estados, a menos que o Congresso indicasse uma comissão para auditar os resultados das eleições (Drew Angerer/Getty Images)
AL

André Lopes

Publicado em 21 de abril de 2021 às 08h36.

O FBI relatou na terça-feira, 20, que usou tecnologia de reconhecimento facial para rastrear e prender um indivíduo suspeito de participar da invasão do Capitólio, no início do ano. Os agentes usaram a identificação facial por software não apenas para confirmar quem era o suspeito, mas, em primeiro lugar, para descobrir seu nome.

De acordo com Huffington Post, de início, os agentes federais americanos rastrearam um indivíduo chamado Stephen Chase Randolph usando imagens do dia dos tumultos disponíveis na internet. Depois, elesincluíram tais fotos em“uma ferramenta de reconhecimento facial de código aberto, conhecida por fornecer resultados confiáveis”, e isso os levou até um perfil no Instagram, aparentemente, pertencente à namorada de Randolph e que continha “inúmeras imagens” do suspeito.

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Para a infelicidade do invasor, as publicaçõeso mostravamvestindo asmesmíssimaspeças de roupas das imagens no Capitólio. O relatório do FBIdiz também que Randolph foi visto agredindo vários policiais. "No processo de empurrar barricadas, o acusado derrubou um oficial, fazendo com elebatessea cabeça nas escadarias", descreve.

Depois de ser visto no Instagram,os agentes do FBIencontraram perfis no Facebook pertencentes aos seus familiares, revelando o nome completo de Randolph. Eles então cruzaram a possível identidade com os registros da carteira de motorista e conseguiram um endereçode onde passaram a fazercampanas. Lá, ele foiencontradousando o mesmo chapéu que estava no dia do incidente.

Para confirmardefinitivamente aparticipação de Randolph na invasão, dois agentes disfarçados o abordaram em seu trabalho em 13 de abril. Puxaram assunto comelesobre a data, momento no qual ele admitiu ter“assistidoamanifestação”. O suspeitotambém disse que viu uma policial sendo empurrada pelas barricadas e sugeriu queelasofreu uma concussão porque se encolheu na queda.

Por fim, Randolph foi preso uma semana apóso contato com os agentes. O caso é só mais uma prova de como o FBI está usando reconhecimento facial e o cruzamento de imagens para rastrearcriminosos. Essas ferramentas nem sempre são necessárias para localizar suspeitos, mas seu uso parece estar se tornando cada vez mais comum. Um relatório do siteBuzzFeedNews revelou que cerca de 1803delegaciasde polícia testaramumsoftware de reconhecimento facialconhecido comoClearview AI, antes de fevereiro de 2020. Essa tecnologia só tende a ser mais amplamente usada.

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