Tecnologia

Como a tecnologia transformará como cuidamos da saúde

Aliando tecnologia e profissionais de saúde humanos devem transformar a forma como a sociedade cuida da saúde

Luiz Verzegnassi, da GE Healthcare: "analytics facilitarão o trabalho do profissional de saúde" (Germando Luders/Site Exame)

Luiz Verzegnassi, da GE Healthcare: "analytics facilitarão o trabalho do profissional de saúde" (Germando Luders/Site Exame)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 7 de novembro de 2017 às 11h29.

Última atualização em 7 de novembro de 2017 às 14h54.

São Paulo – A tecnologia será uma grande aliada em avanços relacionados à saúde. A discussão fez parte do painel “Tecnologia, o futuro da saúde”, apresentado no EXAME Fórum Saúde, realizado por EXAME na manhã desta terça-feira (7).

Entre as soluções ressaltadas estavam análise de grande quantidades de dados (big data), o trabalho em conjunto entre novas tecnologias e o trabalho do profissional de saúde, além de aumento na oferta de apps móveis direcionados à saúde.

“Equipamentos de analytics darão soluções que facilitem o trabalho do profissional de saúde”, disse Luiz Verzegnassi, presidente e CEO da GE Healthcare para América Latina.

Ele deu exemplos de uso de robôs para análise de imagens de exames, como ressonância magnética. Na visão da GE Healthcare, porém, o laudo final sempre deve depender de um profissional humano da área. “É um caminho partindo dos dados para gerar insights e auxiliar na tomada de decisões. E isso não é sobre 2030. É sobre hoje”, diz Verzegnassi.

Imaginando o hospital do futuro, Enrico de Vettori, sócio-líder da Deloitte para life sciences e health care, também analisou a mescla entre saúde e tecnologia. “Sim, a tecnologia veio para abaixar o custo. Para fazer com que tenhamos maior facilidade de distribuição e de acesso”, disse.

Enrico de Vettori, da Deloitte, no EXAME Fórum Saúde em 7/nov/2017

- (Germano Luders/Site Exame)

O executivo vê uma mudança também no comportamento dos cidadãos, gerando o “paciente consumidor”. Ele prevê que as pessoas estarão cada vez mais dispostas e preocupadas em consumir saúde.

O desafio será encontrar uma forma de implementar essas novas soluções na cadeia de saúde brasileira. “A implementação é o grande desafio. Mas esses são os desafios da nossa geração”, diz de Vettori.

Na sua visão, o hospital do futuro alia novas tecnologias a uma visão diferente sobre os negócios em si. “Na minha visão, a tecnologia bem usada sempre trará redução nos custos e melhoria na gestão do paciente”, explica.

Ambos palestrantes destacaram que parte dessa inovação chega por meio de equipamentos. Microsensores poderão fornecer dados com a chegada da internet das coisas.

Novas formas de comunicação poderão também agilizar o primeiro contato entre o paciente e o médico em uma emergência. Isso poderia funcionar também para conectar toda a cadeia, incluindo farmácias e outras peças da saúde.

Futuro ou presente?

Mas quão distante estamos de uma maior interseção entre a saúde e a tecnologia. De Vettori cita tecnologias de diagnóstico difundidas ao longo dos últimos tempos como evidência que não estamos falando sobre um futuro distante.

“Temos de investir em tecnologias ou não seremos capazes de sustentar esse brasileiro que viverá 150 anos”, diz o executivo da Deloitte.

“Acredito que a adoção de toda digitalização na saúde será gradativa e veloz. Temos pontos críticos, como o prontuário eletrônico. Temos de ter um repositório com as informações de pacientes, uma solução relativamente simples”, fala o presidente e CEO da GE Healthcare América Latina Luiz Verzegnassi.

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