Com demanda em alta, gigantes de chips faturam mais do que nunca
Receita conjunta das 10 maiores fabricantes chegou a 22 bilhões de dólares no primeiro trimestre, com a TSMC responsável por metade das vendas
Thiago Lavado
Publicado em 2 de junho de 2021 às 07h00.
Última atualização em 2 de junho de 2021 às 20h52.
As 10 maiores fabricantes de chips e semicondutores tiveram um primeiro semestre intenso. A crise gerada pela alta demanda dos componentes levou todas elas a apresentarem resultados recordes no período, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado TrendForce.
Em conjunto, essas empresas faturaram 22,75 bilhões de dólares somente nos primeiros três meses de 2021, de acordo com o relatório. Quem liderou o setor foi a taiwanesa TSMC, que sozinha vendeu mais da metade do mercado, com receita de 12,9 bilhões.
Com a ascensão de eletrodomésticos e até carros cada vez mais computadorizados, os chips e semicondutores estão atualmente em tudo que usamos, desde os videogames, às máquinas de lavar.
Por causa disso, a demanda por esses componentes está superaquecida e algumas empresas, especialmente as que tinham cadeias menos sólidas e dependiam mais de fornecedores, estão tendo dificuldades de encontrar chips. É esperado que a escassez possa durar até 2023, de acordo com alguns especialistas.
"As capacidades das fabricantes, como resultado [da alta demanda], estão em escassez desde 2020, com várias delas ajustando portfólio e aumentando preços para garantir a lucratividade", afirmou a analista Joanne Chiao, em relatório.