Tecnologia

Cientistas regeneram músculos do coração através de estímulo hormonal

A equipe aumentou em 45% o número de células cardíacas após um ataque do coração

coração (Reuters)

coração (Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2015 às 05h29.

Um grupo de cientistas conseguiu reativar o crescimento das células musculares do coração de um rato através do estímulo de um hormônio, o que abre a possibilidade do desenvolvimento de novos tratamentos contra ataques cardíacos, revelou um estudo divulgado nesta terça-feira (7).

"O que a equipe de pesquisa conseguiu fazer é aumentar o número de células musculares cardíacas em até 45% após um ataque", destacou Richard Harvey, da Universidade de Nova Gales do Sul e do Instituto de Pesquisa Cardíaca Victor Chang, ambos na Austrália.

Para o pesquisador, trata-se de uma descoberta importante para recuperar corações danificados, já que as células do órgão não se regeneram como, por exemplo, as do sangue, do cabelo e da pele.

"A divisão celular no coração é praticamente interrompida pouco depois do nascimento, o que significa que ele não pode se recuperar completamente se for danificado ao longo da vida", explicou Harvey, citando outros estudos semelhantes realizados anteriormente, mas com taxas mínimas de regeneração celular.

Os cientistas se concentraram neste estudo no hormônio neurorregulina, modificado para fazer que as células musculares do coração continuem se dividindo. A estimulação durante um ataque contribuiu para que os músculos afetados fossem substituídos.

"Essa conquista fará com que o atendimento se dirija ao campo da restauração das células dos músculos do coração como uma opção terapêutica para as doenças coronárias isquêmicas", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:INFOSaúde

Mais de Tecnologia

Neuralink realiza segundo implante em paciente com lesão na medula espinhal

Trabalhadores da Samsung encerram greve sem conseguir acordo sobre salários, bônus e férias

Curas 'milagrosas' contra infertilidade inundam as redes sociais

Número de profissionais em cargos de cibersegurança cresceu 4,5% entre 2023 e 2024

Mais na Exame