Telefone: ideia é que, com melhor aproveitamento da conversão ótico-elétrica das frequências, seja possível equipamentos mais rápidos e com menor consumo de energia (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de maio de 2014 às 09h09.
São Paulo - A conversão de sinais transmitidos por luz em fibras óticas em sinais elétricos demanda grande conversão de fótons para elétrons utilizando detectores de luz. No entanto, cientistas da Universidade de Tecnologia de Viena, na Áustria, conseguiram combinar um fotodetector de grafeno (uma forma cristalina do carbono) com um chip de silício comum, permitindo a transformação das frequências utilizadas em telecomunicações em sinais elétricos de maneira mais rápida e com menos consumo de energia.
A pesquisa, feita em conjunto com a Universidade Johannes Kepler, na cidade austríaca de Linz, foi publicada nesta semana no jornal "Nature Photonics" e promete revolucionar as telecomunicações.
A ideia é que, com melhor aproveitamento da conversão ótico-elétrica das frequências, seja possível equipamentos mais rápidos e com menor consumo de energia. A melhoria pode ser tanto para processamento em dispositivos móveis quanto em supercomputadores ou grandes conglomerados de computadores, que precisam de comunicação ultrarrápida.
Os pesquisadores afirmam que os materiais utilizados antes, como germânio, já conseguiam fazer a conversão diretamente em chips, mas eram limitados a uma gama ótica específica. A diferença agora é que, com o grafeno, é possível converter todas as frequências utilizadas em telecomunicações.