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Cientistas descobrem novo efeito colateral do Tylenol

Se você costuma tomar medicamentos à base de paracetamol para absolutamente qualquer dor, uma nova pesquisa traz um bom motivo para você parar de fazer isso

Tylenol: o efeito colateral da substância dificilmente é percebido pelos pacientes (Getty Images)

Tylenol: o efeito colateral da substância dificilmente é percebido pelos pacientes (Getty Images)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 14 de abril de 2016 às 10h07.

Última atualização em 23 de março de 2018 às 12h12.

São Paulo - Se você é uma daquelas pessoas que costumam tomar Tylenol para absolutamente qualquer tipo de dor, independentemente de sua intensidade, uma nova pesquisa traz um bom motivo para você parar de fazer isso.

Segundo estudo conduzido pela Universidade de Toronto, no Canadá, a ingestão de medicamentos à base de paracetamol ou acetaminofeno pode prejudicar sua capacidade de identificar erros e tomar decisões.

O mais preocupante, apontam os cientistas, é que o efeito colateral da substância dificilmente é percebido pelos pacientes, o que pode levar a uma falsa sensação de normalidade.

Vale lembrar que, apesar de este ser o primeiro estudo a apontar disfunções cognitivas decorrentes do uso do remédio, outras pesquisas já constataram que doses excessivas dele podem causar danos a seu fígado.

Experimento

Para checar os efeitos do paracetamol, os pesquisadores conduziram um experimento com 62 voluntários. Metade do grupo ingeriu 1.000 miligramas (dose normal máxima recomendada) do medicamento, enquanto o restante tomou apenas um placebo.

Enquanto eram monitorados por um eletroencefalograma, todos os participantes foram orientados a realizar a seguinte tarefa: apertar um botão sempre que a letra F aparecesse em uma tela. Caso o painel mostrasse a letra E, eles não deveriam pressioná-lo.

O resultado foi surpreendente. O grupo ao qual a substância foi ministrada não apenas apertou mais vezes o botão diante da letra E, como também deixou passar em branco uma série de letras F.

O estudo, publicado no Journal Social Cognitive and Affective Neuroscience, sugere que a droga tem mais efeitos do que simplesmente combater a dor e pode, portanto, ter consequências inesperadas na rotina do paciente.

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