Cientista diz ter descoberto imagens ocultas em Mona Lisa
O especialista, que mostrará sua descoberta na quarta-feira, comentou que dedicou mais de 10 anos para analisar esta pintura
Da Redação
Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 12h59.
Londres - Um cientista francês, Pascal Cotte, descobriu a imagem de um retrato por baixo da superfície da "Mona Lisa", de Leonardo da Vinci, com o uso de uma tecnologia de luz reflexiva.
O especialista, que mostrará sua descoberta na quarta-feira em um programa especial da emissora britânica "BBC", comentou que dedicou mais de 10 anos para analisar esta pintura.
A reconstrução mostra outra imagem de uma modelo olhando para um lado, que permanece oculta por baixo da obra de arte mais famosa de Da Vinci.
O Museu do Louvre de Paris, onde se encontra exposta a famosa peça, se negou a comentar as declarações, segundo informou o canal britânico.
O autor do descobrimento é cofundador da Lumière Technology de Paris e obteve permissão do Louvre para ter acesso à pintura em 2004.
Cotte foi pioneiro no uso de uma técnica chamada Método de Amplificação de Camadas (LAM, sigla em inglês), que empregou para analisar esta obra.
O processo consiste na projeção de uma série de luzes intensas sobre a pintura.
Uma câmera faz as medições das reflexões das luzes, a partir das quais é possível reconstruir o que há entre as camadas coloridas.
Durante mais de meio século, a "Mona Lisa" foi submetida a diversas análises científicas, com técnicas como inspeções infravermelhas e escaneamento multiespectral, entre as mais recentes.
No entanto, Cotte garantiu que sua técnica LAM pode penetrar com maior profundidade na pintura.
"Agora podemos analisar o que há dentro das camadas de pintura e podemos descascar como uma cebola todas as camadas do quadro", ressaltou o cientista, que explicou que este tratamento permite "reconstruir toda a cronologia" do processo de criação.
Acredita-se que Leonardo da Vinci trabalhou nesta obra entre 1503 e 1517, quando trabalhava em Florença e depois na França.
Apesar do longo debate sobre a identidade da Mona Lisa, durante séculos se achou que se trata de Lisa Gherardini, a mulher de um comerciante de seda florentino.
No entanto, Cotte indicou que seu achado desafia esta teoria, já que acredita que a imagem reconstruida sob a superfície do quadro é a Lisa original de Leonardo da Vinci e que o retrato conhecido como "Mona Lisa" durante mais de 500 anos é outra mulher.
"Quando terminei a reconstrução de Lisa Gherardini, estava em frente ao retrato e ela era totalmente diferente à Mona Lisa da atualidade. Esta não é a mesma mulher", defendeu.
O cientista também afirma que encontrou mais duas imagens sob a superfície da pintura: um esboço impreciso de um retrato com uma cabeça e um nariz maiores, mas lábios menores, e outra imagem com gravuras de Leonardo de pérolas.
No entanto, estas afirmações de Cotte causaram controvérsia e dividiram a opinião entre os especialistas de Da Vinci.
O professor emérito de História da Arte na Universidade de Oxford, Martin Kemp, considerou que a ideia de uma imagem oculta por baixo da superfície é "insustentável".
"Não acredito que haja fases que representem diferentes retratos. Vejo isso mais ou menos como um processo de evolução contínuo. Estou absolutamente convencido que Mona Lisa é Lisa", afirmou.
O historiador de arte Andrew Grahan-Dixon realizou um documentário para a "BBC" chamado "Os segredos da Mona Lisa" no qual estuda os documentos históricos vinculados à pintura ao longo das descobertas científicas de Cotte.
Grahan-Dixon não duvidou que esta descobrimenta representa um "adeus" a Mona Lisa e se transforma em "uma das histórias do século", apesar de dizer que haverá "certa reticência" por parte das autoridades do Louvre para mudar o título do quadro.
Londres - Um cientista francês, Pascal Cotte, descobriu a imagem de um retrato por baixo da superfície da "Mona Lisa", de Leonardo da Vinci, com o uso de uma tecnologia de luz reflexiva.
O especialista, que mostrará sua descoberta na quarta-feira em um programa especial da emissora britânica "BBC", comentou que dedicou mais de 10 anos para analisar esta pintura.
A reconstrução mostra outra imagem de uma modelo olhando para um lado, que permanece oculta por baixo da obra de arte mais famosa de Da Vinci.
O Museu do Louvre de Paris, onde se encontra exposta a famosa peça, se negou a comentar as declarações, segundo informou o canal britânico.
O autor do descobrimento é cofundador da Lumière Technology de Paris e obteve permissão do Louvre para ter acesso à pintura em 2004.
Cotte foi pioneiro no uso de uma técnica chamada Método de Amplificação de Camadas (LAM, sigla em inglês), que empregou para analisar esta obra.
O processo consiste na projeção de uma série de luzes intensas sobre a pintura.
Uma câmera faz as medições das reflexões das luzes, a partir das quais é possível reconstruir o que há entre as camadas coloridas.
Durante mais de meio século, a "Mona Lisa" foi submetida a diversas análises científicas, com técnicas como inspeções infravermelhas e escaneamento multiespectral, entre as mais recentes.
No entanto, Cotte garantiu que sua técnica LAM pode penetrar com maior profundidade na pintura.
"Agora podemos analisar o que há dentro das camadas de pintura e podemos descascar como uma cebola todas as camadas do quadro", ressaltou o cientista, que explicou que este tratamento permite "reconstruir toda a cronologia" do processo de criação.
Acredita-se que Leonardo da Vinci trabalhou nesta obra entre 1503 e 1517, quando trabalhava em Florença e depois na França.
Apesar do longo debate sobre a identidade da Mona Lisa, durante séculos se achou que se trata de Lisa Gherardini, a mulher de um comerciante de seda florentino.
No entanto, Cotte indicou que seu achado desafia esta teoria, já que acredita que a imagem reconstruida sob a superfície do quadro é a Lisa original de Leonardo da Vinci e que o retrato conhecido como "Mona Lisa" durante mais de 500 anos é outra mulher.
"Quando terminei a reconstrução de Lisa Gherardini, estava em frente ao retrato e ela era totalmente diferente à Mona Lisa da atualidade. Esta não é a mesma mulher", defendeu.
O cientista também afirma que encontrou mais duas imagens sob a superfície da pintura: um esboço impreciso de um retrato com uma cabeça e um nariz maiores, mas lábios menores, e outra imagem com gravuras de Leonardo de pérolas.
No entanto, estas afirmações de Cotte causaram controvérsia e dividiram a opinião entre os especialistas de Da Vinci.
O professor emérito de História da Arte na Universidade de Oxford, Martin Kemp, considerou que a ideia de uma imagem oculta por baixo da superfície é "insustentável".
"Não acredito que haja fases que representem diferentes retratos. Vejo isso mais ou menos como um processo de evolução contínuo. Estou absolutamente convencido que Mona Lisa é Lisa", afirmou.
O historiador de arte Andrew Grahan-Dixon realizou um documentário para a "BBC" chamado "Os segredos da Mona Lisa" no qual estuda os documentos históricos vinculados à pintura ao longo das descobertas científicas de Cotte.
Grahan-Dixon não duvidou que esta descobrimenta representa um "adeus" a Mona Lisa e se transforma em "uma das histórias do século", apesar de dizer que haverá "certa reticência" por parte das autoridades do Louvre para mudar o título do quadro.