Tecnologia

China promete não diminuir controle sobre internet

Pequim - A China não reduzirá o controle estatal sobre o que pode ser veiculado na rede e não aceitará críticas estrangeiras às suas regras, de acordo com um estudo do governo divulgado nesta terça-feira, após meses de disputas sobre as liberdades dos usuários da Web. Uma disputa bastante controversa com o gigante de Internet […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2010 às 12h17.

Pequim - A China não reduzirá o controle estatal sobre o que pode ser veiculado na rede e não aceitará críticas estrangeiras às suas regras, de acordo com um estudo do governo divulgado nesta terça-feira, após meses de disputas sobre as liberdades dos usuários da Web.

Uma disputa bastante controversa com o gigante de Internet Google, no começo do ano, levou a empresa a fechar seu serviço de buscas na China e agravou as tensões com Washington, que já eram fortes devido à venda de armas norte-americanas a Taiwan e outras disputas.

A China conta com o maior número de usuários de Internet no mundo e, embora o mercado tenha crescido à medida em que os chineses passam a usar a rede para ler notícias, manter blogs ou comercializar bens, Pequim mantém firme controle sobre conteúdos vistos como sensíveis e assuntos como política e inquietações étnicas.

O estudo de 31 páginas, que define a Internet como "uma cristalização da sabedoria humana," diz que o uso da rede na mais populosa nação do planeta estava "transformando o padrão de desenvolvimento econômico."

Ao longo dos próximos cinco anos, o governo planeja oferecer acesso à Internet a 45 por cento dos 1,3 bilhão de chineses, ante 30 por cento no mundo, e pressionar todos os cidadãos, de funcionários públicos a agricultores, a começar a usar a rede, afirma o documento de planejamento.

"O governo chinês encoraja o uso da Internet de maneiras que sirvam para promover o progresso social e econômico, melhorar os serviços públicos e facilitar a vida e o trabalho das pessoas," afirma o documento.

Mas o estudo garante que não haverá relaxamento dos severos controles, que bloqueiam não apenas conteúdo pornográfico e violento em larga medida, mas também o acesso a sites populares como Facebook, Twitter e YouTube.

"Proteger de forma efetiva a segurança da Internet é parte importante da administração chinesa e um requisito indispensável para a proteção da segurança do Estado e do interesse público," afirma o documento.

"A administração da Internet é um processo de contínua prática, e o governo chinês está determinado a melhorar seu trabalho," acrescenta o texto.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaGovernoInternet

Mais de Tecnologia

Apple deve lançar nova Siri similar ao ChatGPT em 2026, diz Bloomberg

Instagram lança ferramenta para redefinir algoritmo de preferências dos usuários

Black Friday: 5 sites para comparar os melhores preços

China acelera integração entre 5G e internet industrial com projeto pioneiro