Exame Logo

China adverte seu microblog mais popular contra difusão de rumores

Comunidade de blogueiros chineses considerou a medida "vergonhosa, degradante e inaceitável" e assegurou que não deixará de "denunciar as injustiças"

A decisão de fechar aquelas contas não vem da Sina Corporation, mas faz parte de uma campanha governamental para controlar os conteúdos da internet (Feng Li/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2011 às 11h39.

Pequim - A empresa Sina Corporation, proprietária do Weibo, considerado o Twitter chinês já que a plataforma americana é censurada no país asiático, enviou avisos a seus 200 milhões de usuários para advertir-los de que se emitirem "falsos rumores" suas contas serão fechadas.

Esta medida gerou protestos entre a comunidade de blogueiros, que a tacharam de "vergonhosa, degradante e inaceitável" e asseguraram, através do próprio microblog, que não deixarão de "denunciar as injustiças".

A decisão de fechar aquelas contas que, segundo a Sina Corporation, derem informação falsa, não vem da própria companhia mas, segundo se denuncia em diversos foros, faz parte de uma campanha governamental para controlar os conteúdos da internet por medo de um contágio da chamada "Primavera árabe".

Os dois casos que receberam os usuários do Weibo como exemplos de motivos de fechamento de uma conta afetam as autoridades e foram tachadas de falácias pela companhia.

O primeiro é o caso de um assassinato de uma jovem de 19 anos na cidade de Wuhan, no centro da China, no qual se acusava de forma velada as autoridades locais. O autor de tal informação foi privado do acesso a sua conta e seu post foi apagado.

No segundo caso, uma denúncia de revenda de bolsas de sangue procedentes da Cruz Vermelha em diferentes hospitais de Pequim terminou com o mesmo resultado. Fechamento da conta, eliminação do post e advertência aos demais usuários.

Esta nova limitação à liberdade de expressão na China se enquadra em um contexto no qual o Governo realiza a repressão mais extensa contra dissidentes, intelectuais, artistas e advogados dos últimos anos em uma tentativa de evitar episódios de revolta popular.

Veja também

Pequim - A empresa Sina Corporation, proprietária do Weibo, considerado o Twitter chinês já que a plataforma americana é censurada no país asiático, enviou avisos a seus 200 milhões de usuários para advertir-los de que se emitirem "falsos rumores" suas contas serão fechadas.

Esta medida gerou protestos entre a comunidade de blogueiros, que a tacharam de "vergonhosa, degradante e inaceitável" e asseguraram, através do próprio microblog, que não deixarão de "denunciar as injustiças".

A decisão de fechar aquelas contas que, segundo a Sina Corporation, derem informação falsa, não vem da própria companhia mas, segundo se denuncia em diversos foros, faz parte de uma campanha governamental para controlar os conteúdos da internet por medo de um contágio da chamada "Primavera árabe".

Os dois casos que receberam os usuários do Weibo como exemplos de motivos de fechamento de uma conta afetam as autoridades e foram tachadas de falácias pela companhia.

O primeiro é o caso de um assassinato de uma jovem de 19 anos na cidade de Wuhan, no centro da China, no qual se acusava de forma velada as autoridades locais. O autor de tal informação foi privado do acesso a sua conta e seu post foi apagado.

No segundo caso, uma denúncia de revenda de bolsas de sangue procedentes da Cruz Vermelha em diferentes hospitais de Pequim terminou com o mesmo resultado. Fechamento da conta, eliminação do post e advertência aos demais usuários.

Esta nova limitação à liberdade de expressão na China se enquadra em um contexto no qual o Governo realiza a repressão mais extensa contra dissidentes, intelectuais, artistas e advogados dos últimos anos em uma tentativa de evitar episódios de revolta popular.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCensuraChinaComunismoInternetRedes sociais

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Tecnologia

Mais na Exame