Chris Milk, fundador da Vrse, e Josh Constine, editor do TechCrunch (Exame.com/Ricardo Sudario)
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2016 às 18h06.
Nova York - Parte considerável dos celulares já tem capacidade suficiente para ser a porta de entrada para ferramentas de realidade virtual, segundo Chris Milk, fundador da Vrse, empresa que desenvolve conteúdo para realidade virtual. O especialista falou nesta terça-feira no TechCrunch Disrupt, evento de tecnologia que ocorre nesta semana em Nova York.
Segundo Milk, as empresas já gastaram bilhões de dólares desenvolvendo a infraestrutura. "Falta agora investir na produção de conteúdo". Aplicativos que exploram a realidade virtual começaram a surgir nos smartphones, mas os conteúdos ainda são bastante limitados e não exploram todo o potencial de interatividade dessa tecnologia, disse ele.
Milk, que também é artista, complementa que "da mesma forma que o cinema usa a tela como meio e a literatura usa o papel, a realidade virtual usa a mente". E ainda vai além ao dizer que, da mesma forma que a internet democratizou a informação, a realidade virtual pode democratizar as experiências humanas.
Atualmente, é possível ter experiências de realidade virtual usando acessórios de baixo custo, como o Google Cardboard, que é vendido por menos de US$ 15 nos Estados Unidos e é compatível com muitos modelos de celulares atuais. Há também ferramentas mais avançadas, como o Oculus Rift -- empresa comprada recentemente pelo Facebook -- e o PlayStation VR.
Entretanto, se a percepção é a de que não existem aplicativos bons o suficiente, essa realidade parece estar mudando. Uma parte significativa das startups que também apresentaram no TechCrunch Disrupt está explorando o mercado de produção de conteúdo em realidade virtual.