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Casa do futuro se adaptará ao dono

Integração de todos os aparelhos eletrodomésticos e alto grau de personalização devem ser mais presentes nas residências daqui a algumas décadas

Uma das tecnologias já existentes é o uso da impressão digital ou de senhas para abrir portas, acender luzes, ligar o ar condicionado e abrir ou fechar persianas (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2011 às 12h29.

São Paulo – A realidade mostrada no desenho dos Jetsons, de Hannah-Barbera, está cada vez mais próxima à de residências de luxo atuais. Hoje já é possível, por exemplo, ligar o chuveiro, a banheira, a TV e as luzes sem estar em casa, usando apenas o celular.

E essa integração de tecnologias e funções não vai parar por aí, nas próximas décadas. Pelo menos é nisso que acredita Sérgio Corrigliano, gerente de produtos da iHouse, empresa especializada em automação residencial.

“A diferença entre uma TV, um computador e um celular é muito pequena hoje, e a integração deles com a casa vai ser muito maior”, diz. Essa integração permitirá o monitoramento avançado da movimentação da casa, função que Corrigliano acredita que será predominante no futuro.

Segundo ele, com o uso de sensores de presença, da internet, câmeras e aparelhos interligados, além de controlar tudo remotamente, será possível fazer um histórico dos movimentos dos moradores. Assim, a casa “saberá” quem está em cada cômodo e como preparar o ambiente para essa pessoa.

É aí que entra outra funcionalidade que Sérgio Corrigliano afirma que será forte no futuro das residências: a personalização. Será possível definir as preferências de cada morador para que sejam executadas quando estiverem presentes.

A casa poderá, por exemplo, ligar o aparelho de som do quarto do filho quando perceber que ele chegou, ou acionar a banheira na temperatura certa quando a mãe chega do trabalho. Ou ainda deixar as luzes acesas ou apagadas de acordo com quem estiver na sala.

Hoje, algumas funcionalidades de personalização já existem, mas seu controle ainda fica nas mãos do usuário, pessoalmente ou por celular. Para Corrigliano, na medida em que essas tecnologias se tornarem mais comuns, o morador sequer vai perceber a existência dessa integração. Tudo ficará natural.

E ele vai ainda mais longe. “Eu acredito que chegará o momento, num futuro mais distante, em que os aparelhos eletrônicos estarão conectados ao nosso cérebro e poderemos controlar as coisas sem precisar fazer nada”, diz.

Por enquanto, a integração entre os aparelhos e funcionalidades da casa já é um desafio e tanto. E, se ele fosse escolher um ambiente da casa que considera mais difícil de integrar e transportar para anos à frente, certamente seria a cozinha. Isso porque seus eletrodomésticos são os que mais exigem a presença de alguém para preparar os alimentos.

No longo prazo, o gerente de produtos acredita que será necessário pensar em um novo conceito de cozinha, com eletrodomésticos planejados onde a automação seja maior e onde se tenha o menor trabalho. “Um exemplo poderia ser um equipamento que conserva o alimento e, se a pessoa quiser, ele pode preparar a comida. É difícil falar sobre o futuro, mas sempre acaba havendo uma novidade para quebrar o paradigma”, afirma.

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São Paulo – A realidade mostrada no desenho dos Jetsons, de Hannah-Barbera, está cada vez mais próxima à de residências de luxo atuais. Hoje já é possível, por exemplo, ligar o chuveiro, a banheira, a TV e as luzes sem estar em casa, usando apenas o celular.

E essa integração de tecnologias e funções não vai parar por aí, nas próximas décadas. Pelo menos é nisso que acredita Sérgio Corrigliano, gerente de produtos da iHouse, empresa especializada em automação residencial.

“A diferença entre uma TV, um computador e um celular é muito pequena hoje, e a integração deles com a casa vai ser muito maior”, diz. Essa integração permitirá o monitoramento avançado da movimentação da casa, função que Corrigliano acredita que será predominante no futuro.

Segundo ele, com o uso de sensores de presença, da internet, câmeras e aparelhos interligados, além de controlar tudo remotamente, será possível fazer um histórico dos movimentos dos moradores. Assim, a casa “saberá” quem está em cada cômodo e como preparar o ambiente para essa pessoa.

É aí que entra outra funcionalidade que Sérgio Corrigliano afirma que será forte no futuro das residências: a personalização. Será possível definir as preferências de cada morador para que sejam executadas quando estiverem presentes.

A casa poderá, por exemplo, ligar o aparelho de som do quarto do filho quando perceber que ele chegou, ou acionar a banheira na temperatura certa quando a mãe chega do trabalho. Ou ainda deixar as luzes acesas ou apagadas de acordo com quem estiver na sala.

Hoje, algumas funcionalidades de personalização já existem, mas seu controle ainda fica nas mãos do usuário, pessoalmente ou por celular. Para Corrigliano, na medida em que essas tecnologias se tornarem mais comuns, o morador sequer vai perceber a existência dessa integração. Tudo ficará natural.

E ele vai ainda mais longe. “Eu acredito que chegará o momento, num futuro mais distante, em que os aparelhos eletrônicos estarão conectados ao nosso cérebro e poderemos controlar as coisas sem precisar fazer nada”, diz.

Por enquanto, a integração entre os aparelhos e funcionalidades da casa já é um desafio e tanto. E, se ele fosse escolher um ambiente da casa que considera mais difícil de integrar e transportar para anos à frente, certamente seria a cozinha. Isso porque seus eletrodomésticos são os que mais exigem a presença de alguém para preparar os alimentos.

No longo prazo, o gerente de produtos acredita que será necessário pensar em um novo conceito de cozinha, com eletrodomésticos planejados onde a automação seja maior e onde se tenha o menor trabalho. “Um exemplo poderia ser um equipamento que conserva o alimento e, se a pessoa quiser, ele pode preparar a comida. É difícil falar sobre o futuro, mas sempre acaba havendo uma novidade para quebrar o paradigma”, afirma.

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