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Casa Branca considera caso da Sony "um grave assunto de segurança nacional"

De acordo com Barack Obama, as pessoas devem ir ao cinema sem medo

Obama (Reuters)

Obama (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2014 às 08h11.

A Casa Branca afirmou nesta quinta-feira (que o ataque cibernético à Sony Pictures Entertainment é "um grave assunto de segurança nacional", mas foi evasiva ao confirmar o envolvimento da Coreia do Norte, indicando somente que a investigação sobre a autoria ainda está em andamento.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse em sua entrevista coletiva diária não estar em posição de confirmar a autoria do ataque, mas confirmou que foi iniciado por um "ator sofisticado" e que a investigação "está progredindo".

Apesar das declarações de Earnest, várias cadeias de televisão revelaram nesta quarta-feira que as autoridades federais americanas conseguiram estabelecer um vínculo entre o ataque à Sony e o governo da Coreia do Norte.

As fontes citadas pela imprensa indicaram que o ato de pirataria informática se originou fora da Coreia do Norte, mas foi ordenado pelo regime de Kim Jong-un.

A expectativa é que os resultados da investigação sobre o ataque que roubou dados pessoais de todos os funcionários do estúdio Sony, assim como conteúdo de e-mails e até cinco filmes, sejam divulgados nos próximos dias.

"O destrutivo ataque à Sony merece uma resposta apropriada", advertiu Earnest, que não quis especular sobre as medidas que a Casa Branca avalia adotar.

Se a autoria da Coreia do Norte for confirmada, ficaria comprovado também que o ataque aconteceu em resposta ao filme A Entrevista, que foi qualificado pelo governo de Pyongyang como um "ato de guerra".

O filme é uma comédia de Seth Rogen e James Franco sobre um complô americano para acabar com a vida do ditador norte-coreano, Kim Jong-un.

Na terça-feira um grupo denominado Guardians of Peace, que reivindicou o ataque cibernético de 24 de novembro, emitiu um comunicado em que advertiu que semeará o terror nos cinemas que exibirem o filme e comparou seu plano com os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA.

Essa ameaça alcançou seu objetivo e a Sony anunciou ontem o cancelamento da estreia de "A Entrevista", prevista para 25 de dezembro nos Estados Unidos, depois de os principais grupos exibidores do país tirarem o longa da programação de lançamentos natalinos.

Em uma entrevista à emissora "ABC", o presidente Barack Obama qualificou o ataque de "muito grave" e lembrou que seu governo está investigando o incidente.

Quanto às ameaças de um possível ato terrorista, Obama assinalou: "Se virmos algo que acreditamos ser sério e crível, então alertaremos o público. Mas, por enquanto, minha recomendação é que o povo vá ao cinema sem medo".

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