Brasileiros são bons com dispositivos móveis, diz Facebook
Em entrevista, representante da rede social diz que as criações brasileiras são pensadas diretamente para smartphones
Lucas Agrela
Publicado em 29 de outubro de 2015 às 05h00.
São Paulo – O Facebook realizou nesta semana um encontro com desenvolvedores brasileiros que participam do programa FbStart para ajudá-los a criar aplicativos para smartphones.
A iniciativa chamada FbStart é uma maneira da empresa prestar consultoria para startups e empreendedores que querem fazer seus aplicativos e rendimentos crescerem.
Para manter um contato mais próximo com os desenvolvedores, a companhia realiza o encontro chamado World Tour FbStart, que acontece em 20 cidades. Lá, os participantes recebem coaching para melhorar seus negócios.
EXAME.com conversou com a executiva que apresentou o evento em São Paulo, Laura González-Estéfani, líder de parcerias na América Latina para o Facebook. Confira a seguir os melhores trechos da entrevista.
EXAME.com – Qual característica os desenvolvedores brasileiros têm que não é vista em outros mercados?
Laura González-Estéfani – Vocês são criativos e pensam primeiro nos dispositivos móveis, enquanto outros desenvolvedores abordam primeiramente a web, envolvendo os PCs. Essa última característica pode ser vista a partir dos números de acessos móveis do Facebook no Brasil. Em junho de 2015, 84 milhões de usuários acessaram a rede social a partir de um smartphone. Os brasileiros são muito criativos e um exemplo disso é a solução da Emprego Ligado, que permite agendar entrevistas em locais próximos à sua casa.
A criatividade dos brasileiros é, em parte, motivada pela baixa média de velocidade de internet no país?
Os desenvolveres daqui entendem como criar aplicativos de maneira eficiente. Os produtos são muito leves para funcionar bem até em redes 2G. O próprio Facebook tem algumas iniciativas assim, como o Facebook For Every Phone, Facebook Zero, Facebook por SMS, entre outros produtos.
Qual empresa de tecnologia brasileira, entre as mais novas, você considera mais interessante?
A Emprego Ligado é interessante, assim como a Qranio. O Facebook Start conta com a participação de mais de 3.000 desenvolvedores, que o maior número que temos nessa região do planeta. Em termos de serviços, já demos mais de 200 milhões às startups de todo mundo desde que começamos com o Facebook Start. A Qranio começou aqui no Brasil, mas eles já são internacionais. Então estamos muito felizes por estar colaborando e aprendendo com eles.
Então, você acredita que os desenvolvedores brasileiros têm potencial para se tornem internacionais?
Acredito que vocês são internacionais por definição. Você ouve muito sobre os brasileiros. Os brasileiros têm produtos ótimos e estão aprendendo a se promover. No Vale do Silício, temos um monte de engenheiros brasileiros trabalhando. Há alguns que pensam muito rápido e são muitos bons. Mas ainda precisamos de mais mulheres no mercado de tecnologia.
Sim, mas ainda há pouca diversidade nesse segmento. O Facebook tem algum programa que visa aumentar a presença das mulheres na empresa?
Sim. Nossa geração será a responsável a trazer as pessoas para a internet. Então, precisamos de mulheres criando produtos também. Isso é importante. Por exemplo, quando estava aprendendo a dirigir, não conseguia conduzir um determinado carro porque ele tinha sido projetado por engenheiros homens que criaram algo para homens. Esse é exemplo simples, mas serve para ilustrar porque precisamos estimular a presença feminina no mercado de tecnologia.
Para encerrar, há algo que os desenvolvedores brasileiros podem aprender com o WhatsApp?
Uma coisa que ficou muito clara é que o WhatsApp é mais rápido do que qualquer outra tecnologia disponível. E o consumo de Wi-Fi aqui no Brasil é enorme. Como já disse, esse é um país em que o mobile vem antes de todo o resto. Por isso, todo mundo usa o “Zap Zap”. Ele é muito simples de usar e é uma aplicação muito veloz. Tudo termina no ponto da simplicidade e na solução de um grande problema.
Quem ficou interessado pode conhecer mais sobre o FbStart em seu site oficial.
São Paulo – O Facebook realizou nesta semana um encontro com desenvolvedores brasileiros que participam do programa FbStart para ajudá-los a criar aplicativos para smartphones.
A iniciativa chamada FbStart é uma maneira da empresa prestar consultoria para startups e empreendedores que querem fazer seus aplicativos e rendimentos crescerem.
Para manter um contato mais próximo com os desenvolvedores, a companhia realiza o encontro chamado World Tour FbStart, que acontece em 20 cidades. Lá, os participantes recebem coaching para melhorar seus negócios.
EXAME.com conversou com a executiva que apresentou o evento em São Paulo, Laura González-Estéfani, líder de parcerias na América Latina para o Facebook. Confira a seguir os melhores trechos da entrevista.
EXAME.com – Qual característica os desenvolvedores brasileiros têm que não é vista em outros mercados?
Laura González-Estéfani – Vocês são criativos e pensam primeiro nos dispositivos móveis, enquanto outros desenvolvedores abordam primeiramente a web, envolvendo os PCs. Essa última característica pode ser vista a partir dos números de acessos móveis do Facebook no Brasil. Em junho de 2015, 84 milhões de usuários acessaram a rede social a partir de um smartphone. Os brasileiros são muito criativos e um exemplo disso é a solução da Emprego Ligado, que permite agendar entrevistas em locais próximos à sua casa.
A criatividade dos brasileiros é, em parte, motivada pela baixa média de velocidade de internet no país?
Os desenvolveres daqui entendem como criar aplicativos de maneira eficiente. Os produtos são muito leves para funcionar bem até em redes 2G. O próprio Facebook tem algumas iniciativas assim, como o Facebook For Every Phone, Facebook Zero, Facebook por SMS, entre outros produtos.
Qual empresa de tecnologia brasileira, entre as mais novas, você considera mais interessante?
A Emprego Ligado é interessante, assim como a Qranio. O Facebook Start conta com a participação de mais de 3.000 desenvolvedores, que o maior número que temos nessa região do planeta. Em termos de serviços, já demos mais de 200 milhões às startups de todo mundo desde que começamos com o Facebook Start. A Qranio começou aqui no Brasil, mas eles já são internacionais. Então estamos muito felizes por estar colaborando e aprendendo com eles.
Então, você acredita que os desenvolvedores brasileiros têm potencial para se tornem internacionais?
Acredito que vocês são internacionais por definição. Você ouve muito sobre os brasileiros. Os brasileiros têm produtos ótimos e estão aprendendo a se promover. No Vale do Silício, temos um monte de engenheiros brasileiros trabalhando. Há alguns que pensam muito rápido e são muitos bons. Mas ainda precisamos de mais mulheres no mercado de tecnologia.
Sim, mas ainda há pouca diversidade nesse segmento. O Facebook tem algum programa que visa aumentar a presença das mulheres na empresa?
Sim. Nossa geração será a responsável a trazer as pessoas para a internet. Então, precisamos de mulheres criando produtos também. Isso é importante. Por exemplo, quando estava aprendendo a dirigir, não conseguia conduzir um determinado carro porque ele tinha sido projetado por engenheiros homens que criaram algo para homens. Esse é exemplo simples, mas serve para ilustrar porque precisamos estimular a presença feminina no mercado de tecnologia.
Para encerrar, há algo que os desenvolvedores brasileiros podem aprender com o WhatsApp?
Uma coisa que ficou muito clara é que o WhatsApp é mais rápido do que qualquer outra tecnologia disponível. E o consumo de Wi-Fi aqui no Brasil é enorme. Como já disse, esse é um país em que o mobile vem antes de todo o resto. Por isso, todo mundo usa o “Zap Zap”. Ele é muito simples de usar e é uma aplicação muito veloz. Tudo termina no ponto da simplicidade e na solução de um grande problema.
Quem ficou interessado pode conhecer mais sobre o FbStart em seu site oficial.