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Brasil proíbe pesca da piracatinga na Amazônia até 2020

Peixe é desvalorizado no Brasil por se alimentar de animais em decomposição

Boto-cor-de-rosa (Anselmo d’Affonseca)

Boto-cor-de-rosa (Anselmo d’Affonseca)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2014 às 08h08.

Em conjunto, os ministérios do Meio Ambiente (MMA) e Pesca e Aquicultura (MPA) assinaram instrução normativa que proíbe a pesca e comercialização da piracatinga (Calophysus macropterus) na Amazônia pelos próximos cinco anos. A moratória passa a valer a partir de janeiro de 2015.

Muito apreciada na Colômbia, a piracatinga é um peixe desvalorizado no Brasil por se alimentar de animais em decomposição. Para capturá-lo, pescadores utilizam golfinhos amazônicos - em especial o boto-vermelho (Inia geoffrensis), também conhecido como boto-cor-de-rosa - e jacarés como isca.

A medida é uma vitória da conservação do boto-cor-de-rosa, afirma Sannie Brum, pesquisadora do Instituto Piagaçu (IPI). 

Estimado em 15 toneladas anuais, o volume de pesca da piracatinga provoca a morte de 66 a 144 botos por ano, revela o estudo desenvolvido por Sannie. Na teoria, o limite seguro de mortes é apenas de 16 espécimes.

Além disso, a reprodução lenta é uma característica da espécie que contribui para sua vulnerabilidade. "Após cerca de dez meses de gestação a mãe pode cuidar de seu filhote por até quatro anos, então a inserção de outro boto na natureza é demorada", diz Sannie.

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