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Brasil e Paraguai inauguram linha de transmissão

Linha levará eletricidade da hidrelétrica binacional de Itaipu ao território paraguaio, que aumentará seu potencial de energia disponível

linha de transmissão (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2013 às 08h38.

Paraguai e Brasil inauguraram nesta terça-feira (29) uma linha de transmissão que levará eletricidade da hidrelétrica binacional de Itaipu ao território paraguaio, uma das maiores obras de infraestrutura do país vizinho que aumentará seu potencial de energia disponível.

A linha abastece 25 por cento da demanda de eletricidade do Paraguai e as autoridades a consideram uma ferramenta importante para dinamizar a economia e atrair investidores a partir do aumento da oferta de energia para a indústria e o comércio.

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O projeto de 550 milhões de dólares foi financiado pelo Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul, com aporte do Brasil e uma contrapartida de 15 por cento do Paraguai.

"Empresas brasileiras aumentarão seu interesse em investir no Paraguai. Empresas latino-americanas farão o mesmo", disse a presidente Dilma Rousseff na cerimônia realizada em Hernandarias, a 350 quilômetros de Assunção e na fronteira com o Brasil.

"O aumento desses investimentos promoverá uma aceleração virtuosa dos fluxos de comércio entre nossos países e em toda a região", acrescentou Dilma.

O Paraguai, produtor de matérias-primas, é um dos países com menor infraestrutura da região e o sócio mais pobre do Mercosul, também integrado por Argentina, Brasil, Uruguai e Venezuela.

A construção da linha de 348 quilômetros e 759 torres é parte de um acordo firmado em 2009 pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Lugo, que também incluía um substancial aumento no pagamento da energia paraguaia que o Brasil consome.

O sistema de 500 quilovolts leva eletricidade gerada pela usina, uma das mais potentes do mundo, a uma subestação localizada em Villa Hayes, perto de Assunção.

A obra beneficiará especialmente a região metropolitana de Assunção, região que concentra a maior parte da população do país que se vê afetada pelos frequentes cortes no fornecimento por falhas na distribuição.

A inauguração também representa um novo gesto do Brasil com o Paraguai no processo de restabelecimento de relações que estiveram congeladas durante um ano até a posse do presidente Horacio Cartes, em agosto.

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