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Blackphone, celular anti-monitoramento, é apresentado no MWC

O preço do aparelho em seu site oficial será de 629 dólares (mais ou menos 1.460 reais)

O Blackphone: ele roda uma versão customizada de um Android, batizada de PrivatOS (Albert Gea/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 20h58.

Prometendo ser um oásis de privacidade entre tantos escândalos envolvendo espionagem nos meios de comunicação, o smartphone Blackphone entrou em pré-venda nesta segunda-feira.

O anúncio foi feito durante o Mobile World Congress , que acontece durante esta semana em Barcelona, e o preço do aparelho em seu site oficial será de 629 dólares (mais ou menos 1.460 reais).

Em termos de hardware, o aparelho vem equipado com SoC quad-core de 2 GHz não especificado, apoiado por 2 GB de RAM, 16 GB de armazenamento e tela de 4,7 polegadas de resolução HD. Ele é compatível com conexões LTE (4G), HSPA+ (3G), Wi-Fi 802.11n e Bluetooth 4.0, e ainda traz câmeras de 8 megapixels na traseira e de 2 MP na frente.

As configurações por si só já são interessantes, mas é o sistema operacional do aparelho que merece mais atenção. O Blackphone roda uma versão customizada de um Android, batizada de PrivatOS.

O SO próprio privilegia a privacidade e tem de diferente um sistema de busca não-rastrável, por exemplo. Além disso, traz conexão Wi-Fi que se desativa ao detectar uma rede não confiável e uma ferramenta anti-furo anônima, que permite que usuários apaguem dados do aparelho à distância sem precisar de uma conta centralizada – como acontece no Device Manager.

Aplicativos pré-instalados – O dispositivo apresenta ainda uma gama interessante de apps instalados de fábrica, nos moldes dos aparelhos feitos pela Samsung, por exemplo. A diferença principal é que esses programas também colocam a privacidade acima de tudo – quatro deles são feitos pela Silent Circle, uma das duas empresas responsáveis pela iniciativa Blackphone.

A coleção é composta por Silent Phone (ligações VoIP criptografadas), Silent Text (mensagens encriptadas), Silent Contacts (agenda protegida), Silent Keys (gerenciador de senhas) e uma versão modificada do SpiderOak (armazenamento na nuvem protegido).

//www.youtube.com/embed/WczXWirN9oo?feature=player_embedded


Três deles até estão disponíveis para Android e iOS, mas funcionam com base em assinaturas – e a vantagem do Blackphone nesse ponto é oferecer três anos gratuitos.

No entanto, como menciona o The Verge, comprar um Blackphone não significa estar imune à espionagem. No caso do Silent Phone e do Silent Text, por exemplo, a criptografia só funciona em comunicações peer-to-peer, ou seja, caso os dois lados estejam usando um mesmo aplicativo ou um Blackphone. De outra forma, a ligação será desprotegida, como as feitas em aparelhos comuns.

Permissões – Fora configurações e aplicativos, o smartphone amigo da privacidade conta com um gerenciador de permissões que promete resolver um dos maiores problemas do Android. Chamado de Security Center, o aplicativo deverá permitir que o usuário gerencie tudo que outro app pode ou não acessar no smartphone. Em comparação, em um aparelho com a versão normal do SO, se a pessoa discordar dos pedidos de um programa na Play Store, simplesmente não poderá baixá-lo.

Entrega – O site oficial do Blackphone começa a aceitar pedidos de pré-venda a partir desta segunda-feira. A entrega dos aparelhos está prevista para junho deste ano, e é gratuita para o mundo todo, de acordo com o site da empresa responsável. Se quiser saber mais sobre o dispositivo, acesse o site oficial clicando aqui.

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Prometendo ser um oásis de privacidade entre tantos escândalos envolvendo espionagem nos meios de comunicação, o smartphone Blackphone entrou em pré-venda nesta segunda-feira.

O anúncio foi feito durante o Mobile World Congress , que acontece durante esta semana em Barcelona, e o preço do aparelho em seu site oficial será de 629 dólares (mais ou menos 1.460 reais).

Em termos de hardware, o aparelho vem equipado com SoC quad-core de 2 GHz não especificado, apoiado por 2 GB de RAM, 16 GB de armazenamento e tela de 4,7 polegadas de resolução HD. Ele é compatível com conexões LTE (4G), HSPA+ (3G), Wi-Fi 802.11n e Bluetooth 4.0, e ainda traz câmeras de 8 megapixels na traseira e de 2 MP na frente.

As configurações por si só já são interessantes, mas é o sistema operacional do aparelho que merece mais atenção. O Blackphone roda uma versão customizada de um Android, batizada de PrivatOS.

O SO próprio privilegia a privacidade e tem de diferente um sistema de busca não-rastrável, por exemplo. Além disso, traz conexão Wi-Fi que se desativa ao detectar uma rede não confiável e uma ferramenta anti-furo anônima, que permite que usuários apaguem dados do aparelho à distância sem precisar de uma conta centralizada – como acontece no Device Manager.

Aplicativos pré-instalados – O dispositivo apresenta ainda uma gama interessante de apps instalados de fábrica, nos moldes dos aparelhos feitos pela Samsung, por exemplo. A diferença principal é que esses programas também colocam a privacidade acima de tudo – quatro deles são feitos pela Silent Circle, uma das duas empresas responsáveis pela iniciativa Blackphone.

A coleção é composta por Silent Phone (ligações VoIP criptografadas), Silent Text (mensagens encriptadas), Silent Contacts (agenda protegida), Silent Keys (gerenciador de senhas) e uma versão modificada do SpiderOak (armazenamento na nuvem protegido).

//www.youtube.com/embed/WczXWirN9oo?feature=player_embedded


Três deles até estão disponíveis para Android e iOS, mas funcionam com base em assinaturas – e a vantagem do Blackphone nesse ponto é oferecer três anos gratuitos.

No entanto, como menciona o The Verge, comprar um Blackphone não significa estar imune à espionagem. No caso do Silent Phone e do Silent Text, por exemplo, a criptografia só funciona em comunicações peer-to-peer, ou seja, caso os dois lados estejam usando um mesmo aplicativo ou um Blackphone. De outra forma, a ligação será desprotegida, como as feitas em aparelhos comuns.

Permissões – Fora configurações e aplicativos, o smartphone amigo da privacidade conta com um gerenciador de permissões que promete resolver um dos maiores problemas do Android. Chamado de Security Center, o aplicativo deverá permitir que o usuário gerencie tudo que outro app pode ou não acessar no smartphone. Em comparação, em um aparelho com a versão normal do SO, se a pessoa discordar dos pedidos de um programa na Play Store, simplesmente não poderá baixá-lo.

Entrega – O site oficial do Blackphone começa a aceitar pedidos de pré-venda a partir desta segunda-feira. A entrega dos aparelhos está prevista para junho deste ano, e é gratuita para o mundo todo, de acordo com o site da empresa responsável. Se quiser saber mais sobre o dispositivo, acesse o site oficial clicando aqui.

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