Tecnologia

Black Friday movimenta buscas por maquiagem, bicicleta e TVs

As buscas funcionam como um termômetro para a intenção de compra dos consumidores, disse a diretora de varejo do Google Brasil

Google: (Justin Sullivan/Getty Images)

Google: (Justin Sullivan/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 24 de novembro de 2017 às 19h12.

São Paulo - Itens relacionados a maquiagem, brinquedos e eletroeletrônicos lideravam as buscas no Google na Black Friday brasileira durante a tarde nesta sexta-feira, informou a empresa de tecnologia.

Por volta das 16h, os termos com maior crescimento no mecanismo de buscas foram "paleta de sombras", "bicicleta infantil" e "ultra HD", uma referência a televisores, informou o Google.

As buscas funcionam como um termômetro para a intenção de compra dos consumidores, disse a diretora de varejo do Google Brasil, Claudia Sciama.

"O volume de buscas por termos relacionados a itens de compra de varejo tem aumentado muito hora a hora desde o começo da manhã de quinta-feira", disse ela.

O Google espera crescimento de até 20 por cento nas vendas do varejo brasileiro durante a Black Friday sobre o mesmo período do ano passado, gerando receita de 2,2 bilhões de reais.

Segundo a diretora de varejo do Google Brasil, só até às 15h, a empresa registrou alta de mais de 20 por cento na receita com publicidade no país em relação ao ano passado, número que ainda pode aumentar. Ela não informou números precisos.

A executiva comentou que 64 por cento de todos os anúncios do YouTube no Brasil nos últimos três dias foram comprados por varejistas.

Às 16h58, as ações da Via Varejo subiam 3,37 por cento, para 22,69 reais, enquanto as do Magazine Luiza avançavam 3,24 por cento, para 60,71 reais.

Por outro lado, a B2W recuava 0,34 por cento, a 17,54 reais, e as Lojas Americanas tinham queda de 0,52 por cento, a 15,27 por cento.

"Existe uma expectativa de que os principais beneficiários desta Black Friday seriam os vendedores de eletrônicos, com vantagens para Magazine Luiza e Via Varejo, que se prepararam melhor", disse o analista da Lerosa Investimentos, Vitor Suzaki, analista.

"Além disso, essas duas empresas têm adotado uma estratégia de compra no mundo virtual e retirada no mundo físico, sem custo adicional, que pode começar a ser implantada para a B2W no curto prazo em virtude da boa aceitação por parte dos clientes. Isso não se traduziria em prejuízo de margem e tem impacto positivo nas vendas", acrescentou.

Reclamações

O site que registra reclamações de consumidores Reclame Aqui, que está monitorando as queixas sobre Black Friday desde às 18h de quinta-feira, recebeu 1.374 reclamações 12 horas após o início oficial das promoções, à meia-noite. O volume representa uma alta de 16,7 por cento ante o mesmo período do ano passado.

Segundo o site, a queixa por propaganda enganosa é o problema mais comum registrado, com 14 por cento das reclamações.

Às 16h40, o site de comércio eletrônico do Magazine Luiza liderava o ranking de reclamações registradas pela página, com 201 ocorrências, seguido pelo site de produtos eletrônicos KaBuM, com 121 reclamações e a Americanas.com, da B2W, que teve 105 queixas.

Em 2016, o Reclame Aqui registrou um total de 2,9 mil reclamações na Black Friday.

Acompanhe tudo sobre:Black FridayGoogle

Mais de Tecnologia

Qualcomm vence disputa judicial contra Arm e poderá usar licenciamentos da Nuvia

China constrói 1.200 fábricas inteligentes avançadas e instala mais de 4 milhões de estações base 5G

Lilium, de aviões elétricos, encerra operações após falência e demissão de 1.000 funcionários

Google cortou 10% dos cargos executivos ao longo dos anos, diz site