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Bebês prematuros e de baixo peso têm maior risco de autismo

Estudo feito nos EUA encontrou pela primeira vez ligação entre peso baixo e autismo

Novo estudo afirma que bebês com baixo peso têm mais chances de desenvolver autismo (AFP/Illustration / Miguel Alvarez)

Novo estudo afirma que bebês com baixo peso têm mais chances de desenvolver autismo (AFP/Illustration / Miguel Alvarez)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2011 às 12h28.

Washington - Os bebês prematuros e de baixo peso são cinco vezes mais propensos a desenvolver autismo que os bebês nascidos no período correto e com peso normal, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira nos Estados Unidos após duas décadas de pesquisas.

Há algum tempo se sabe que os bebês prematuros correm mais riscos de ter problemas de saúde e atraso cognitivo, mas o estudo publicado na revista Pediatrics é o primeiro a estabelecer uma relação entre o baixo peso ao nascer e o autismo.

Os cientistas estudaram 862 crianças do nascimento até a idade adulta. Os participantes do estudo nasceram entre 1984 e 1987 em três condados de Nova Jersey com pesos entre 500 gramas e dois quilos.

Com o tempo, 5% dos bebês com baixo peso no nascimento foram diagnosticados com autismo, contra 1% de prevalência entre a população geral.

"A medida que a sobrevivência dos bebês menores e imaturos melhora, os que seguem adiante representam um desafio cada vez maior para a saúde pública", disse a principal autora do estudo, Jennifer Pinto Martin, diretora do Centro de Estudos do Autismo e Deficiências do Desenvolvimento da Faculdade de Enfermaria da Universidade da Pensilvânia.

"Os problemas cognitivos nestas crianças podem esconder um autismo de fundo", completou, antes de pedir aos pais que levem os filhos para exames ante a suspeito de um transtorno de espectro autista.

"A intervenção rápida melhora os resultados em longo prazo e pode ajudar estas crianças tanto na escola como em casa", disse.

Autismo é o termo que designa uma série de condições que vão desde uma escassa interação social a comportamentos repetitivos e silêncios arraigados. Este transtorno afeta principalmente os meninos e suas causas são objeto de intensos debates.

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