Banda larga móvel cresce 34% em um ano no Brasil
Preços de equipamentos e de planos de dados oferecidos pelas operadoras ainda dificultam popularização do serviço, segundo estudo
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h48.
São Paulo - A banda larga móvel no Brasil cresceu 34,1% em número de usuários nos últimos 12 meses, segundo um estudo da Huawei em parceria com Anatel e Teleco. Entre os números apresentados pelo estudo está a geração de receita para a banda larga móvel, que correspondeu a 16,3% do faturamento das operadoras no segundo trimestre do ano. Um crescimento de 37% em relação a igual período de 2009.
No 2º trimestre deste ano, os acessos de banda larga móvel somaram 13,9 milhões, divididos entre aparelhos celulares (10, 4 milhões) e modems (3,5 milhões). O crescimento da banda larga móvel foi de 17% nestes, enquanto o da rede fixa atingiu 3% de crescimento.
Mesmo com o crescimento no período a densidade da banda larga móvel no Brasil ainda é pequena se comparada ao resto do mundo. Segundo o estudo, no Brasil existem 3,6 conexões móveis para cada 100 habitantes, enquanto em todo o mundo há 9,5 conexões para 100 habitantes. A banda fixa possui 6 conexões para cada 100 habitantes no país, pouco abaixo da média mundial, que corresponde a 7,1 conexões para 100 habitantes.
Mesmo com o crescimento, 86% dos municípios (4.824 cidades) do país ainda não são atendidos pelo sinal 3G. Entretanto, com a cobertura de 100% das cidades com mais de 500 mil habitantes, 65,2% da população do país, em tese, pode acessar redes 3G.
Uma das dificuldades para a popularização da banda móvel é o preço dos aparelhos (placas de modem ou smartphones) e planos de dados oferecidos pelas operadoras. No Brasil, o valor médio para um plano mensal de 1GB é de R$ 84,90. Em Portugal um plano mensal de 2GB custa em média o equivalente a R$ 36,24, no Reino Unido o valor médio é de R$ 41,82 para 3GB mensais, diz o estudo.
Eduardo Tude, diretor da Teleco, destacou durante a apresentação do estudo a mudança de postura das operadoras, que deixaram de oferecer velocidade para vender volume de dados. "As operadoras perceberam que não é uma boa estratégia cobrar por velocidade, já que é difícil garanti-la", afirma. Tude também aposta no novo espectro de 2,5 GHz, que contribuirá para que as operadoras ofereçam serviços de qualidade e padrões mais velozes, como o LTE (Long Term Evolution). A aposta do diretor é que as primeiras aparições do LTE no país aconteçam entre 2014 e 2016.
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