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Avião movido a energia solar completa voo sobre o Pacífico

Aeronave experimental tem 17 mil células fotovoltaicas em suas asas, que medem 72 metros

Solar Impulse 2: avião que funciona com energia solar está perto de completar volta ao mundo (Divulgação/Solar Impulse)

Lucas Agrela

Publicado em 25 de abril de 2016 às 18h56.

São Paulo – Em 2015, um médico e inventor se uniu a um piloto profissional para criar um projeto ousado e cumprir um desafio tecnológico: realizar uma volta ao mundo com um avião movido a energia solar . No último domingo, a equipe completou mais uma etapa ao voar durante 61 horas para ir do Havaí até a Califórnia, onde a aeronave foi recepcionada por Sergey Brin, cofundador do Google , um entusiasta de energias limpas.

O avião chamado Solar Impulse 2 pesa 2,3 toneladas e tem 17 mil células fotovoltaicas em suas asas, que, de ponta a ponta, medem 72 metros. A tecnologia de captação usada na aeronave também pode armazenar energia solar para permitir voos noturnos.

Além do desafio tecnológico, realizar um trajeto como esse é uma tarefa estafante para o piloto: ele precisa permanecer acordado pela maior parte do tempo, tirando apenas de um a 12 cochilos com duração de 20 minutos cada. A ideia é prevenir uma queda acidental, especialmente sobre uma área populada.

"Depois de 20 minutos você tem que acordar e monitorar tudo. Se tudo estiver bem, você pode voltar a dormir", segundo Bertrand Piccard, que é um balonista e psiquiatra suíço, cujo avô era Auguste Piccard, inventor da cabine pressurizada para voo de balão.

Seu parceiro na missão de dar a volta ao mundo no Solar Impulse 2 é André Borschberg, que é piloto profissional. Ele ficou famoso mundialmente no ano passado ao completar um voo de cinco dias e cinco noites (117 horas e 52 minutos) ao ir da cidade de Nagoya, no Japão, até o Havaí, um trajeto de 8,9 mil km. Porém, quanto chegou ao seu destino, o avião apresentou danos e as baterias precisaram ser trocadas devido ao superaquecimento que sofreram.

O breve vídeo mostra o encontro entre Piccard e Sergey Brin. A reportagem continua na sequência.

Por enquanto o Solar Impulse 2 só pode acomodar o piloto. Por isso, os Piccard e Borschberg se revezam na aventura de pilotar a aeronave experimental.

"Aposto que em 10 anos, os aviões elétricos poderão transportar até 50 pessoas. Isto vai acontecer. Isto não é ficção científica. É real", declarou Piccard.

O destino do Solar Impulse 2 agora é fazer uma escala em Nova York e partir em direção ao Atlântico para chegar à Europa. De lá, os pilotos voltaram ao ponto de onde partiram em 9 de março do ano passado: Abu Dhabi. Se tudo der certo, essa será a primeira volta ao mundo realizada com um avião movido a energia solar.

O vídeo abaixo, filmado em 360 graus, mostra a praparação da Solar Impulse 2 para o voo sobre o ocenao Pacífico. Recomenda-se o uso de óculos de realidade virtual, como o Google CardBoard ou o Samsung Gear VR para uma experiência mais imersiva.

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São Paulo – Em 2015, um médico e inventor se uniu a um piloto profissional para criar um projeto ousado e cumprir um desafio tecnológico: realizar uma volta ao mundo com um avião movido a energia solar . No último domingo, a equipe completou mais uma etapa ao voar durante 61 horas para ir do Havaí até a Califórnia, onde a aeronave foi recepcionada por Sergey Brin, cofundador do Google , um entusiasta de energias limpas.

O avião chamado Solar Impulse 2 pesa 2,3 toneladas e tem 17 mil células fotovoltaicas em suas asas, que, de ponta a ponta, medem 72 metros. A tecnologia de captação usada na aeronave também pode armazenar energia solar para permitir voos noturnos.

Além do desafio tecnológico, realizar um trajeto como esse é uma tarefa estafante para o piloto: ele precisa permanecer acordado pela maior parte do tempo, tirando apenas de um a 12 cochilos com duração de 20 minutos cada. A ideia é prevenir uma queda acidental, especialmente sobre uma área populada.

"Depois de 20 minutos você tem que acordar e monitorar tudo. Se tudo estiver bem, você pode voltar a dormir", segundo Bertrand Piccard, que é um balonista e psiquiatra suíço, cujo avô era Auguste Piccard, inventor da cabine pressurizada para voo de balão.

Seu parceiro na missão de dar a volta ao mundo no Solar Impulse 2 é André Borschberg, que é piloto profissional. Ele ficou famoso mundialmente no ano passado ao completar um voo de cinco dias e cinco noites (117 horas e 52 minutos) ao ir da cidade de Nagoya, no Japão, até o Havaí, um trajeto de 8,9 mil km. Porém, quanto chegou ao seu destino, o avião apresentou danos e as baterias precisaram ser trocadas devido ao superaquecimento que sofreram.

O breve vídeo mostra o encontro entre Piccard e Sergey Brin. A reportagem continua na sequência.

Por enquanto o Solar Impulse 2 só pode acomodar o piloto. Por isso, os Piccard e Borschberg se revezam na aventura de pilotar a aeronave experimental.

"Aposto que em 10 anos, os aviões elétricos poderão transportar até 50 pessoas. Isto vai acontecer. Isto não é ficção científica. É real", declarou Piccard.

O destino do Solar Impulse 2 agora é fazer uma escala em Nova York e partir em direção ao Atlântico para chegar à Europa. De lá, os pilotos voltaram ao ponto de onde partiram em 9 de março do ano passado: Abu Dhabi. Se tudo der certo, essa será a primeira volta ao mundo realizada com um avião movido a energia solar.

O vídeo abaixo, filmado em 360 graus, mostra a praparação da Solar Impulse 2 para o voo sobre o ocenao Pacífico. Recomenda-se o uso de óculos de realidade virtual, como o Google CardBoard ou o Samsung Gear VR para uma experiência mais imersiva.

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