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Asus Taichi 21

Avaliação de Airton Lopes / Em vez de uma tela que gira em 360 graus ou desliza para encobrir o teclado, a Asus colocou dois LCDs full HD de 11,6 polegadas para transformar o seu ultrabook em tablet com facilidade. Basta fechar a tampa do Taichi para que o touchscreen externo seja ativado e o […]

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2013 às 18h05.

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Avaliação de Airton Lopes / Em vez de uma tela que gira em 360 graus ou desliza para encobrir o teclado, a Asus colocou dois LCDs full HD de 11,6 polegadas para transformar o seu ultrabook em tablet com facilidade. Basta fechar a tampa do Taichi para que o touchscreen externo seja ativado e o Windows 8 passe a ser explorado pelo toque dos dedos. A solução é pratica, só que o peso (1,3 quilo) e o calor que emana do gadget não permitem segurar o híbrido de forma confortável. As duas telas podem ser usadas simultaneamente de forma espelhada ou com o display externo funcionando como área de trabalho estendida. O recurso é útil em apresentações para pequenos grupos. Como notebook, o modelo agrada por causa do acabamento, do teclado iluminado e da qualidade do som. O desempenho apresentado nos testes do INFOlab em tarefas básicas foi o de um ultrabook intermediário. No entanto, o processamento de gráficos 3D e a duração da bateria ficaram abaixo do esperado. As duas portas USB são 3.0 e não há entrada para cartão de memória.

Avaliação de Redação INFO / Ultrabook híbrido aposta em duas telas para poder utilizar o Windows 8 em dois modos.

Corpo e construção

Obviamente o maior destaque do produto são as duas telas. Medindo 11,6 polegadas cada uma, o design do Asus Taichi 21 é mais conservador do que de outros híbridos como o Vaio Duo 11 e o Yogapad, mas não deixa de ser interessante.

Nada a ressaltar da construção em alumínio, o produto em si passa uma impressão de sobriedade sem exagerar nas cores ou possuir um acabamento ruim.  O tamanho da tela traseira parece pequeno se comparado com as bordas pretas, porém uma versão nova do produto apresenta uma tela maior.

O layout do teclado apresenta o mesmo “problema” de sempre: não estar no padrão brasileiro. Ou seja, para digitarmos símbolos como ? e / temos que utilizar atalhos do teclado. Fora isso, o ponto negativo mais concreto está no tamanho das teclas. O acabamento delas é macio, mas elas são estreitas e levam facilmente a erros de digitação como apertar a tecla SHIFT ao invés da tecla ENTER. O touchpad também se sai mal. Medindo 10,6 por 6,4 cm, ele é de bom tamanho e reconhece comandos multitoque sem maiores problemas.

Usabilidade

Movido por um processador Core i5 - 3317U de 1,7 GHz e 4 GB de memória RAM DDR3, o Asus Taichi 21 dá conta das tarefas do dia-a-dia tranquilamente. Como na maioria das vezes, os engasgos de processamento são por causa da GPU relativamente fraca, a Intel HD Graphics 4000 cumpre o seu papel com ressalvas em alguns momentos de instabilidade. No quesito desempenho o híbrido não fica muito atrás de seus concorrentes, mas nos testes de processamento gráfico, ele fica bem aquém dos outros competidores.

Benchmark PCMark 7 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho

Lenovo/Ideapad Yoga 13

4.534

Sony/Vaio Duo 11

4.868

Samsung/Ativ Smart PC Pro XE700T1C-A01BR

3.389

Asus/Taichi 21-CW003H

3.614

Benchmark 3DMark11 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho

Lenovo/Ideapad Yoga 13

579

Sony/Vaio Duo 11

645

Samsung/Ativ Smart PC Pro XE700T1C-A01BR

529

Asus/Taichi 21-CW003H

334

Utilizar o híbrido como notebook é uma experiência muito satisfatória. Claro que a tela frontal Full HD com resolução de 1.920 por 1.080 poderia ser touchscreen, mas mesmo assim ela não é nada reflexiva, e por ser IPS, apresenta cores com boa fidelidade e bom ângulo de visão. A tela externa apresenta a mesma qualidade. Diferentemente de um notebook com tampa de vidro, ela é feita de um vidro especial que aguenta bem a riscos e que é produzido pela própria empresa. As câmeras merecem apenas uma menção, enquanto a frontal filma em 720p, a traseira alcança uma qualidade maior, 1080p, mas não conseguem ir além da qualidade imposta pelos 5 MP  de resolução.

Já que falamos do modo notebook, vamos falar do modo tablet. Para acessá-lo basta fechar a tampa do híbrido. Contudo, o modo é desconfortável acima de tudo. Além dos 1,3 quilos, ainda temos que lidar com o calor que emana dos componentes internos. Caso você não queira utilizar o tablet por muito tempo, e acredite, você não vai querer, a tela externa pode ser utilizada de outras maneiras interessantes. Por exemplo, você pode usa-la para refletir a imagem da tela interna, função interessante para apresentações em grupos pequenos, ou estender a sua área de trabalho para as duas telas, algo como utilizar dois monitores.

Para utilizar essas funções é necessário acessar o aplicativo Taichi Home, ele é chamado apertando a quarta tecla a direita da tecla Function. Com o software também podemos configurar outras opções atalhos e consumo de bateria.

Infelizmente não se é possível “travar” as opções, ou seja, ao fecharmos a tampa do híbrido e abrirmos novamente, a tela traseira não será ativada automaticamente. O que pode parecer uma falha, na verdade é uma boa solução para evitar um consumo maior de bateria caso você esqueça a tela externa ligada acidentalmente.

Por sinal, no quesito bateria o Asus Taichi 21 ficou atrás dos seus concorrentes com duração de apenas 85 minutos em uso intenso no modo notebook e 109 minutos em modo tablet.

No quesito som, o desempenho do híbrido não passou de mediano. Os alto-falantes da marca Bang & Olufsen, conseguem surpreender com um pouco de grave e equilíbrio de tons, mas deixam a desejar no volume. Caso o usuário queira, o áudio pode ser equalizado com o software já incluso MAXX AUDIO Master, o que nos leva ao próximo tópico.

Softwares e Conexões

Não é de se estranhar que a Asus tenha enchido o Taichi 21 de aplicativos próprios. Porém, por incrível que pareça, alguns deles são muito uteis. Além dos convenientes Skype e Asus Cloud (serviço com 32 GB de armazenamento gratuito na nuvem), o que mais se destaca é o SuperNote. Tirando as semelhanças gramaticais, compara-lo com o aplicativo da Samsung, S Note, é algo natural. O programa é bem interessante, pois além das diversas opções de formatos e entradas de texto, ele coloca as palavras escritas em linha automaticamente. Um diferencial com relação ao aplicativo da Samsung é que ele não transforma a escrita do usuário em uma fonte pré-definida, mantendo à assim, na forma cursiva, algo não tão bom para quem não é muito hábil. A tarefa de escrever no tablet fica mais fácil com a caneta stylus sensível a pressão que já vem inclusa. 

As conexões do Asus Taichi 21 merecem um pouco de nossa atenção. A presença de duas portas USB 3.0, sendo que uma delas é energizada, é um ponto positivo. Além disso, o híbrido possui uma entrada mini-VGA, microHDMI, e misto para fone e microfone. O produto ainda acompanha dois cabos adaptadores: um para USB-ETHERNET e outro microHDMI-VGA. A principal deficiência nesse quesito é a falta de uma entrada SD.

Considerações finais

Adotar uma estratégia criativa como a do Asus Taichi 21 tem suas consequências. Apesar do visual inovador, utilizar o híbrido como tablet significa sofrer com o peso e com o calor do produto. Nos outros quesitos, como desempenho e usabilidade, ele briga cabeça-a-cabeça com seus concorrentes. E isso faz com que o fato preço se destaque.

Vídeo

http://videos.abril.com.br/info/id/8ea4314ea93dd82a48f18fdfa40c16c6

Ficha técnica

Telas11,6 polegadas
ProcessadorIntel Core i5 3317 U - 1,7 GHz
Memória RAM4 GB DDR3
Armazenamento128 GB SSD
Peso1,3 kg
SOWindows 8 (64 bits)
Bateria1h25 min e 1h49min (modo tablet)
ConexõesWi-Fi, Widi,Bluetooh,microHDMI,miniVGA,2 USB (2 USB 3.0)

Avaliação técnica

PrósDuas telas 1080p de excelente qualidade,transforma-se em um tablet com a tampa fechada e a segunda tela pode ser usada como um monitor separado,transição rápida entre telas,o display interno é fosco.
ContrasInterface inconsistente (uma tela é sensível ao toque, mas a outra não), a GPU integrada às vezes não dá conta de gerenciar duas telas ao mesmo tempo,esquenta demasiadamente,não tem slot de SD.
ConclusãoCom seu principal trunfo apresentando problemas, o Asus Taichi 21 sai em desvantagem, mas não fica de fora da briga no mercado de híbridos com Windows 8.
Configuração8
Vídeo e Áudio8,5
Usabilidade8
Design8,2 (notebook) 7,8 (tablet)
Bateria6,9
Média7.9
PreçoR$ 5.699
Acompanhe tudo sobre:AsusNotebooksTablets

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