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Asus S1 Mobile

Digamos que você precisa fazer uma apresentação para um cliente, mas a única sala com projetor está ocupada. O que você faz, contenta-se com a tela de um tablet ou notebook? Os pequenos pico projetores servem justamente para desembaraçar esse tipo de situação, mas a maioria deles dispensa brilho e qualidade de imagem em troca […]

Asus S1 1

Asus S1 1

DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2015 às 20h43.

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Digamos que você precisa fazer uma apresentação para um cliente, mas a única sala com projetor está ocupada. O que você faz, contenta-se com a tela de um tablet ou notebook? Os pequenos pico projetores servem justamente para desembaraçar esse tipo de situação, mas a maioria deles dispensa brilho e qualidade de imagem em troca do design compacto. Esse não é o caso do S1 da Asus.

Projeção

Quando o S1 projeta uma imagem, centenas de milhares de espelhos microscópicos se organizam em uma coreografia que direciona a luz de um LED para a lente em cada ponto da imagem que deve ser iluminado. Essa técnica de projeção é chamada de DLP e é comumente usada em pico projetores para garantir a maior eficiência possível na transmissão de luz, algo essencial para aparelhos que dependem de lâmpadas tão pequenas.

Apesar desse esforço, boa parte desses aparelhos não produz luzes de intensidade superior a 150 lúmens. Neste ponto o S1 se destaca prometendo e entregando 200 lúmens. Mesmo energizado apena por sua bateria interna, ele foi capaz de criar uma tela virtual de 41” a um metro de distância de uma aprece branca que refletia 210 lúmens. Para se ter uma ideia do que isso representa na prática, a luz ambiente de um escritório normalmente produz 300 lux (lúmens/m²), o que quer dizer que, sem apagar as luzes, as imagens do S1 aparecem como um brilho pálido em um escritório típico.  Isso parece pouco, mas é um bom resultado para um pico projetor.

Essas observações valem para todas as cores que o S1 é capaz de projetar. É normal que por a luz branca de um projetor seja mais intensa que a luz colorida por causa da presença dos filtros de cor, mas isso não ocorre no aparelho da Asus que quase não apresenta variação de luminosidade ao longo da escala de tons. Aliás, reprodução de cor em geral é um forte do S1, que proporciona um pouco de contraste e saturação onde outros pico projetores exibiriam uma imagem lavada.

Graças ao tempo de resposta relativamente baixo do DLP e à proporção de imagem mais próxima do 16:9 de seu chip (WXGA, especificamente), o S1 transcende a função primária de exibir slides de apresentação para também acomodar filmes. É verdade que a resolução de 854 x 480 é baixa para padrões atuais, mas ela já é o bastante para exibir filmes em formato de DVD (720 x 480), por exemplo. Antecipando esse perfil de uso, a Asus incluiu um modo de exibição chamado “Theater” que troca um pouco de brilho por contraste e cores melhores. Naturalmente, um projetor de mesa dedicado é muito superior em todos os aspectos, mas o S1 não se sai tão mal na reprodução de vídeos.

Embora a qualidade de imagem do S1 seja geralmente boa em quase todas as situações, vale a pena notar que ele não lida muito bem com conteúdo que não é exibido em sua resolução nativa. Um filme 1080p, por exemplo, pode exibir distorções visuais, especialmente em imagens com detalhes de alta frequência (tecidos, por exemplo).

Como o S1 usa apenas um chip DLP, ele também é suscetível ao “efeito arco-íris”.  A cor em um projetor desse tipo é produzida sequencialmente através de um filtro que gira na frente da luz.  Isso quer dizer que a imagem final na verdade é composta por três fases que se sucedem rapidamente, uma com todos os verdes da cena, outra com todos os vermelhos e outra com todos os azuis. Algumas pessoas conseguem perceber essas imagens separadamente como um arco-íris de três cores, o que pode ser incômodo.

Conectividade e bateria

A parte de conexões do S1 é, para bem ou para mal, simples e direta. Ele possui uma P2 para fones de ouvido, uma HDMI com suporte a MHL e uma porta USB.

A presença de um P2 deixa isso óbvio, mas é interessante notar que esse pequeno projetor tem um placa de som própria com alto falantes que produzem um som de 2 W. Como você deve estar imaginando, a qualidade de áudio é medíocre, mas é difícil julgar o S1 por isso, já que se trata de um recurso extra. Quem desejar um som melhor sempre pode plugar um fone.

A HDMI é a única interface de vídeo do aparelho, o que pode frustrar alguns usuários. Quase todo notebook doméstico atual tem um output de vídeo HDMI, mas é preciso considerar que o D-sub ainda é muito comum em ambientes corporativos e as variantes de DisplayPort estão se tornando cada vez mais populares nesse meio.

Pode até parecer que o S1 tem alguma vocação mobile por causa do suporte a MHL, mas esse recurso só nos fez perceber como esse protocolo está perdendo força ultimamente. Originalmente, o MHL era muito popular porque ele eliminava a necessidade de implementar uma saída de vídeo dedicada em tablets e smartphones, mas parece que a ascendência de padrões sem fio como o Miracast o tornou menos desejável.

O que acontece atualmente é que muitos aparelhos têm hardware que suporta MHL, mas, por qualquer razão, seus fabricantes não se deram ao trabalho de efetivamente implementá-lo. É assim com o Moto X 2014, o G4 e o Galaxy S6, por exemplo. Mas quem possui um aparelho com suporte a MHL pode espelhar a tela do mesmo enquanto recarrega sua bateria. O S1 é capaz de entregar uma corrente de cerca de 500 mA, o que o torna tão eficiente quanto a porta USB de um notebook.

Falando em USB, o recarregamento é a única utilidade da porta tipo A do S1. Alguns projetores têm um player de mídia integrado que permitiria, por exemplo, reproduzir diretamente os arquivos de um pendrive, mas o S1 dispensa esse recurso. Por outro lado, esse USB cumpre bem seu papel – ele produz uma corrente de 1 A que recarrega smartphones mais rapidamente (tablets geralmente precisam de um pouco mais).

Portanto, se tudo falhar, o S1 ainda pode servir como um power bank para o seu smartphone. A capacidade de 6 000 mAh de sua bateria interna certamente favorece esse tipo de uso. Quando ela está apenas alimentando a luz de projeção, ela garante uma sobrevida de 1h43min segundo nossos testes.

Interface e Design

Foto por: INFOlab

Quando me referi à ausência de um player de mídia acima, você já deve ter deduzido corretamente que o firmware do S1 é bem básico. Nele é possível ajustar o brilho, o contraste, a proporção de imagem (16:9 ou 4:3) e a orientação do projetor. Ele pode, por exemplo, ser configurado para exibir tudo de cabeça para baixo caso o usuário decida instala-lo no teto. Ele também possui o modo de imagem diferenciado “Theater” que mencionei anteriormente.

Não há muito mais o que dizer sobre o sistema. Ao apertarmos repetidamente um dos botões físicos, o projetor entra em um modo “lanterna”, no qual ele só projeta luz branca. Mais alguns cliques o levam a um modo “emergência”, no qual essa mesma luz pisca repetidamente como um sinal de socorro.

O design do aparelho segue essa linha minimalista em termos de funcionalidade, mas se torna menos modesto quando o assunto é estética. O acabamento metálico escovado o coloca muito acima da concorrência nesse aspecto. É difícil imaginar quem vai ficar admirando o design de um projetor em uma sala, mas o S1 é certamente a melhor escolha se o objetivo é causar uma impressão antes de apresentar seu trabalho.

Um pena que o visual atraente não abriu espaço para mais funcionalidade. Não há, por exemplo, nenhum ajuste integrado de altura ou de zoom. Quem precisar mudar esses dois aspectos vai precisar encontrar mais espaço na mesa e usar algum tipo de apoio improvisado. De qualquer maneira, a falta de um ajuste de altura também fez com que a Asus não se preocupasse em incluir um ajuste de perspectiva. Mas pelo menos essa importância toda dada ao design estético não fez com que os engenheiros se esquecessem da entrada para parafusos VESA na parte de baixo.

Vale a pena?

O S1 é muito competente para um pico projetor. Seu brilho intenso e bom tratamento de cor o tornam bastante versátil. Afinal, você pode usá-lo para assistir a um filme depois de emprega-lo em uma apresentação de trabalho. A bateria também dura um tempo razoável e recarrega smartphones.

Por 1 500 reais, ele é um tanto caro, mas pelo menos você só vai precisar comprar um. Algo a se notar é que ele também já vem com todos os cabos relevantes: um HDMI para micro USB (MHL), um USB tipo A para micro USB, e um HDMI para HDMI. Mas se o objetivo é encontrar um projetor que funcione bem com um smartphone, é melhor esperar pelo lançamento de um com algum protocolo de streaming sem fio como o Miracast.

Ficha técnica

Brilho200 lúmens
Contraste1 000:1
Resolução854x480
ProjeçãoDLP
Bateria6 000 mAh

Avaliação técnica

PrósBrilho intenso; boa reprodução de cor; bateria interna de boa duração; suporta MHL; compacto; atraente;
ContrasNão tem player de mídia; poucos ajustes de imagem; conectividade limitada;
ConclusãoCumpre bem seu papel com filmes e apresentações
Imagem8.5
Conectividade7.4
Software7.2
Design8.5
Média7.9
Preço1500,00
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