As 10 principais peças da nova empresa do Google, a Alphabet
Ontem o Google anunciou que passaria a se chamar Alphabet. Todos os negócios, incluindo o próprio Google, estarão sob comando da nova empresa. Veja a seguir
Victor Caputo
Publicado em 11 de agosto de 2015 às 10h34.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h36.
São Paulo – O Google anunciou ontem grandes mudanças dentro da empresa. A principal delas é a criação de uma nova empresa, chamada Alphabet. Ela será comandada pelos dois fundadores do Google, Larry Page (que assume como CEO) e Sergey Brin (com cargo de presidente). A novidade permitirá que os diversos negócios que o Google tem sejam geridos de forma independente. Na prática, o Google Inc. se transformará em Alphabet Inc. O nome da nova empresa significa Alfabeto em português. Aparentemente, o objetivo da empresa é ter um representante para cada letra. A seguir você vê quais são as pecinhas que já foram encaixadas nos negócios da Alphabet.
O Google continuará existindo. Ele será subordinado à Alphabet. Quem assume como CEO do Google a partir de agora é Sundar Pichai (na foto), que estava como número dois da empresa há quase um ano. Continuarão sob o comando do Google produtos como Android, Chrome, YouTube e buscas. O Google, portanto, não deixará de existir. Ele continuará sendo a principal empresa sob o comando da Alphabet, nesse momento.
Google X é o laboratório de desenvolvimento do Google. No primeiro comunicado, Larry Page afirma que o X agora será subordinado à Alphabet. Ele deve continuar sob administração de Sergey Brin. De dentro do X saíram experimentos interessantes, como o Google Glass ou o projeto Loon, que quer levar internet a pontos distantes do mundo usando balões.
A Sidewalk Labs é um dos esforços mais recentes do Google. A ideia é criar ambientes melhores em grandes centros urbanos. A criação da empresa foi em junho deste ano. A primeira ideia a ser colocada em prática pela empresa é substituir orelhões por totens de alta tecnologia em Nova York. O CEO da Sidewalk Labs é Dan Doctoroff, que foi CEO da Bloomberg e ocupou cargos públicos em Nova York.
A Boston Dynamics é uma empresa focada na criação de robôs. Alguns robôs que ganharam fama na internet correndo e pulando obstáculos são frutos das pesquisas da empresa. De acordo com o site Recode, a Boston Dynamics também será subordinada à Alphabet e não ao Google. A informação ainda não foi oficialmente divulgada.
A Life Sciences é uma divisão do laboratório do Google com foco em saúde. É importante não confundir a divisão com a Calico – que é uma empresa completamente separada. Entre os frutos de pesquisas da Life Sciences estão as lentes de contato inteligentes para medição de diabetes (na foto) e a colher que se adapta a tremores, que deve ajudar pessoas com algumas doenças, como Parkinson.
Como uma empresa de internet, um dos maiores interesses do Google era levar conexão de alta velocidade ao máximo de casas possíveis. O Fiber tem exatamente essa missão. As primeiras cidades a receber a conexão por fibra do Google foram Austin e Kansas City, ambas nos Estados Unidos.
A Nest é o foco do Google na internet das coisas. Ela foi fundada por Tony Fadell, um dos criadores do iPod. Depois de sair da Apple, Fadell começou a empresa e chamou a atenção por desenvolver um termostato inteligente e conectado. A Nest foi uma das maiores compras da história do Google. Em 2014, o negócio foi fechado por 3,2 bilhões de dólares. Tomando como base a construção da Alphabet, a Nest deve ser uma peça importante lá dentro daqui para frente.
A Calico é a tentativa de Larry Page de vencer a morte. Pode parecer exagero, mas a missão da empresa é aumentar a longevidade e fazer estudos sobre saúde. O CEO da Calico continuará sendo Arthur Levinson (na foto, com Barack Obama). A empresa foca em entender o envelhecimento e afirma que este é um dos maiores mistérios científicos. Ela faz estudos relacionados a genética e DNA.
A Google Capital é o braço de investimentos do Google, ou melhor, da Alphabet. A empresa afirma que tem como missão investir em pessoas e ideias que sejam apaixonadas por tecnologia e pelos efeitos que ela pode gerar. Entre as empresas que a Google Capital já investiu estão o Duolingo (para ensino de outras línguas) e SurveyMonkey (para criação de pesquisas online).
O Google Ventures tem uma atuação parecida com a Google Capital. Ambas investem em empresas de tecnologia e startups. A diferença é que a Ventures tem pouco controle do Google sobre suas ações. A empresa atua, de forma geral, como uma venture tradicional. Em vez de contar com vários sócios, no entanto, tem como único investidor o Google. Entre as empresas que já receberam investimentos da Ventures, está o Uber.
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