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“As mulheres precisam se arriscar”

Esta história faz parte de uma série de relatos sobre Mulheres e Tecnologia

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2014 às 09h18.

Esta história faz parte de uma série de relatos sobre Mulheres e Tecnologia. Para saber mais sobre como elas estão se mobilizando em uma indústria historicamente masculina, veja a edição da revista INFO de Março.

Aos 39 anos, a neozelandesa Claudia Batten caminha para sua terceira startup de sucesso.  A mais recente empreitada é o aplicativo Broadli, que promete organizar contatos do Linkedin e ajudar o usuário a encontrar informação em sua rede de conhecidos de forma mais fácil.

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Advogada, Claudia começou a se interessar por empreendedorismo negociando contratos de empresas para seus clientes. “Vi que queria fazer parte dessa inovação”, diz. Há 12 anos, ela largou a carreira na Nova Zelândia e partiu para os Estados Unidos sem nenhuma perspectiva de emprego - apenas a vontade de construir algo novo. “O mercado após o 11 de setembro estava horrível. Não foi fácil, mas eu tinha um mantra: falhar é parar de tentar”, diz.

Em 2002 ela fundou em Nova York a sua primeira startup, a Massive, rede para distribuição de anúncios em tempo real em videogames.  O sucesso foi tão grande que, quatro anos depois, a empresa foi comprada pela Microsoft por US$400 milhões. Com a venda, Claudia criou em 2009 seu segundo negócio, a Victors & Spoils, uma agência de publicidade baseada no conceito de crowdsourcing. A ideia era atrair talentos de todo o mundo e criar anúncios para  o mundo digital, um meio que, segundo Claudia, as agências tradicionais simplesmente não entendiam. Depois de ganhar clientes como a Coca-Cola e a Unilever, a startup foi vendida em 2012 para o grupo francês Havas.

“Recentemente comecei a reparar que existe uma diferença na forma como homens e mulheres recebem investimentos”, diz Claudia. “Acho que é mais fácil para os homens. Mas é uma questão complexa”. Frequentando conferência e programas de aceleração, Claudia diz ter reparado que as mulheres assumem uma postura mais retraída e, mesmo quando são co-fundadoras, deixam o sócio falar. “Eu nunca me senti intimidada nesses eventos, mas entendo que isso pode acontecer. A maioria é realmente masculina, mas as mulheres precisam se arriscar e correr os riscos. Vale a pena”.

Veja mais sobre Mulheres & Tecnologia na revista INFO deste mês.

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