As 7 empresas de tecnologia mais verdes em 2011
Conheça as companhias que estão se esforçando para produzir de forma mais limpa e sem prejudicar o planeta, segundo o relatório anual “Guia de Eletrônicos Verdes”, do Greenpeace
Vanessa Barbosa
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 17h35.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h29.
São Paulo – Todos os anos, a ONG ambientalista Greenpeace lança um ranking que avalia os esforços das principais empresas de tecnologia do mundo para se tornarem mais sustentáveis . Criterioso, o “Guia de Eletrônicos Verdes ” leva em conta se as metas ambientais prometidas por essas companhias - como a redução das emissões de carbono e retirada de produtos tóxicos dos aparelhos -, estão sendo de fato cumpridas. Os fabricantes de eletrônicos também são avaliados pela energia usada em suas operações (se vem de fonte limpa ou suja), pelo ciclo de vida dos equipamentos e seus componentes e até mesmo pelas práticas de reciclagem adotadas. Na 17ª edição do guia, o Greenpeace avaliou as qualidades ecológicas de 15 marcas. As companhas que tiveram o pior desempenho, com potuação abaixo de 3 (de um total de 10), foram a Lenovo, Panasonic, Sony, Sharp, Acer, LG Eletronics, Toshiba e RIM. Nas páginas a seguir você confere as mais bem posicionadas, com pontuação acima de 4.
Este ano, quem lidera o ranking é a multinacional americana HP, com 5,9 pontos de 10. Segundo o Greenpeace, o bom desempenho vem de esforços em rastrear a cadeia produtiva de seus fornecedores, além de um programa efetivo de medição de emissões de carbono. No ano passado, a marca atingiu uma redução de 9% nas suas emissões de CO2 em comparação aos níveis de 2009. O desafio agora é reduzir em 30% as emissões até 2015 e chegar em 2020 tendo como fonte de suas operações 100% de energia renovável. A empresa também se destacou nos critérios de avaliação de produtos químicos tóxicos. Desde 2010, todos os novos notebooks da HP estão livres de PVC, um material poluente e de difícil decomposição na natureza.
A vice campeã na lista de empresas de eletrônicos mais verdes é a também americana Dell, que marcou 5,1 pontos, deixando pra trás a décima colocação na edição passada do ranking. Segundo o Greenpeace, assim como a líder HP, a empresa dá exemplo de rigor com a matéria-prima que usa: as duas são as únicas a zerarem o desmatamento ilegal do papel de suas embalagens. A melhoria na posição também resulta do compromisso de eliminar substâncias nocivas de seus produtos até o fim deste ano, como PVC e retardadores de chama bromados (BFR na sigla em inglês), que possuem poder cancerígeno quando queimados, além de alta sobrevida como lixo tóxico. A empresa, no entanto, precisa melhorar suas políticas de reciclagem de produtos em países onde não há legislação específica.
Após liderar três edições consecutivas do ranking, a fabricante finlandesa de aparelhos celulares Nokia perde a coroa e cai para a terceira posição. Segundo o Greenpeace, a empresa pecou por falta de estratégias de redução de consumo de energia, seja com eficiência energética ou aumento do uso de fontes renováveis. Ela também precisa definir novas metas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEE) de suas operações em pelo menos 30% até 2015. Apesar da queda, a Nokia se destaca entre os três primeiros colocados pela transparência em seu reporte de emissões de GEE e por ter atingido e superado as metas de redução em 10% em 2009 e 18% em 2010, comparado aos níveis de 2006.
Quem aparece na quarta posição, com 4,6 pontos, é a Apple, que no ranking passado amargava a nona posição. A escalada é resultado de melhorias em seus equipamentos e também no empenho em dar destinação correta aos aparelhos que produz. Segundo o relatório do Greenpeace, a empresa mantém ou participa de programas de reciclagem em 95% dos países onde seus produtos são vendidos. Nos Estados Unidos, quem retorna um aparelho da marca em boas condições para ser usado por outros, ganha um cupom promocional que dá desconto na compra de um novo produto da Apple.
Ocupando o quinto lugar no ranking de eletrônicos verdes, a Philips se destaca por apoiar uma política energética pela redução de 30% das emissões de gases estufa na União Europeia até 2020, com base nos níveis de 1990. A empresa também é bem avaliada de forma positiva pela transparência ao reportar suas emissões e o compromisso de reduzir a pegada de carbono de suas operações em 25% até 2012, com base nos níveis de 2007.
Caindo quatro posições em relação a última edição do ranking, quem aparece em sexto lugar, com 4,2 pontos, é a Sony Ericsson. A empresa tem desempenho acima da média na produção de aparelhos com tecnologias de baixo impacto ambiental. Ao longo dos anos, vem eliminando o uso de substâncias químicas nocivas da composição de seus produtos, como antimônio, berílio, ftalatos e usos restantes mínimos de BFR. É no quesito energia que a fabricante japonesa de eletroeletrônicos deixa a desejar, por falta de uma política ambiciosa de redução de emissões de GEE. Para ganhar pontos aqui, a empresa teria de se comprometer a reduzir em 30% as emissões de suas operações internas até 2020, mas atualmente trabalha para reduzir apenas 20%.
Na 17ª edição do ranking do Greenpeace das empresas de tecnologia mais verdes, a Samsung cai uma posição e ocupa o sétimo lugar. Seu melhor desempenho se deve à destinação correta de produtos eletrônicos ao fim da vida útil, com taxas de reciclagem elevadas para televisores e computadores. Em matéria de energia, a Samsung se comprometeu a reduzir suas emissões absolutas de gás de efeito de estufa (GEE) em 24% até 2015, nível abaixo dos 30% considerados ideais. Para isso, ela vai precisar aumentar o uso de fontes energéticas renováveis de suas operações.
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