Exame Logo

Arma com chip só dispara na mão do dono

Pesquisador brasileiro cria sistema de segurança para armas de fogo que usa um chip implantado sob a pele do dono para autorizar o disparo

A imagem na tela do computador mostra o chip implantado sob a pele de Mário Gazziro, criador da trava por radiofrequência para armas (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2011 às 12h14.

São Paulo – Um pesquisador brasileiro criou um sistema de segurança para armas de fogo que evitaria grande parte dos acidentes. Ele emprega um chip implantado sob a pele do dono da arma para garantir que ela só possa ser disparada por ele.

O mecanismo foi desenvolvido pensando na segurança de crianças e adolescentes. Ele poderia evitar casos como o do menino de 10 anos de São Caetano do Sul (SP), que atirou contra a professora na escola e depois contra si. "Disparos acidentais ou suicídio com armas de fogo são a segunda causa de morte mais comum entre crianças e adolescentes no mundo, perdendo apenas para traumatismos”, diz Mário Gazziro, responsável pelo projeto.

Radiofrequência

A arma com bloqueio eletrônico possui uma bobina em seu interior capaz de interagir com o implante subcutâneo. A arma só é destravada, via rádio, na presença do chip, uma peça de 9 milímetros por 1,2 milímetro que é implantada sob a pela, próxima ao dedo mindinho da mão, por meio de uma injeção.

“Essa é uma região com pouca gordura e poucos vasos sanguíneos”, explica Gazziro, pós-doutorando do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). O sistema só permite o disparo se o chip e a arma estiverem a menos de 10 centímetros um do outro. Depois que o chip é identificado, o mecanismo leva 5 milionésimos de segundo para destravar a arma.


Há pouco mais de um ano, o pesquisador se tornou cobaia de seu próprio experimento e teve implantado, na mão esquerda, um chip subcutâneo. “Ele é revestido com um material que não é rejeitado pelo organismo e é muito mais preciso e seguro do que um sistema de leitura de impressões digitais", conta.

A primeira versão do projeto, para uso civil, já está pronta e disponível para empresas interessadas em instalar a trava nas armas. Até o final do ano, alguns policiais de Minas Gerais devem começar a testar o equipamento no dia a dia. Mas os planos de Gazziro, que é também docente do Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação da USP, vão além do simples bloqueio da arma.

Software

O projeto da trava eletrônica pode ganhar uma versão ampliada para armas com calibres maiores, como rifles. A ideia é colocar comunicação pela rede celular (GPRS e 3G) e GPS nesses dispositivos, criando um sistema de rastreamento de disparos em tempo real.

“Já começamos a desenvolver esse software que, no momento do disparo, registrará onde, quando e quem disparou”, explica Gazziro. “Já possuímos um sistema de rastreamento de animais, como o gado, via chip. Por que não fazer o mesmo com armas?”.

Veja também

São Paulo – Um pesquisador brasileiro criou um sistema de segurança para armas de fogo que evitaria grande parte dos acidentes. Ele emprega um chip implantado sob a pele do dono da arma para garantir que ela só possa ser disparada por ele.

O mecanismo foi desenvolvido pensando na segurança de crianças e adolescentes. Ele poderia evitar casos como o do menino de 10 anos de São Caetano do Sul (SP), que atirou contra a professora na escola e depois contra si. "Disparos acidentais ou suicídio com armas de fogo são a segunda causa de morte mais comum entre crianças e adolescentes no mundo, perdendo apenas para traumatismos”, diz Mário Gazziro, responsável pelo projeto.

Radiofrequência

A arma com bloqueio eletrônico possui uma bobina em seu interior capaz de interagir com o implante subcutâneo. A arma só é destravada, via rádio, na presença do chip, uma peça de 9 milímetros por 1,2 milímetro que é implantada sob a pela, próxima ao dedo mindinho da mão, por meio de uma injeção.

“Essa é uma região com pouca gordura e poucos vasos sanguíneos”, explica Gazziro, pós-doutorando do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). O sistema só permite o disparo se o chip e a arma estiverem a menos de 10 centímetros um do outro. Depois que o chip é identificado, o mecanismo leva 5 milionésimos de segundo para destravar a arma.


Há pouco mais de um ano, o pesquisador se tornou cobaia de seu próprio experimento e teve implantado, na mão esquerda, um chip subcutâneo. “Ele é revestido com um material que não é rejeitado pelo organismo e é muito mais preciso e seguro do que um sistema de leitura de impressões digitais", conta.

A primeira versão do projeto, para uso civil, já está pronta e disponível para empresas interessadas em instalar a trava nas armas. Até o final do ano, alguns policiais de Minas Gerais devem começar a testar o equipamento no dia a dia. Mas os planos de Gazziro, que é também docente do Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação da USP, vão além do simples bloqueio da arma.

Software

O projeto da trava eletrônica pode ganhar uma versão ampliada para armas com calibres maiores, como rifles. A ideia é colocar comunicação pela rede celular (GPRS e 3G) e GPS nesses dispositivos, criando um sistema de rastreamento de disparos em tempo real.

“Já começamos a desenvolver esse software que, no momento do disparo, registrará onde, quando e quem disparou”, explica Gazziro. “Já possuímos um sistema de rastreamento de animais, como o gado, via chip. Por que não fazer o mesmo com armas?”.

Acompanhe tudo sobre:ArmasChipsseguranca-digitalTecnologias sem fio

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Tecnologia

Mais na Exame