Tecnologia

Apple rejeita acusação de "conspiração" com editoras

A Apple diz que negociou com uma série de editoras separadamente e fez diferentes acordos com cada uma


	Cliente em uma loja da Apple: o Departamento de Justiça argumentou que a Apple e as editoras combinaram de aumentar os preços por meio de uma agência de precificação.
 (Peter Parks/AFP)

Cliente em uma loja da Apple: o Departamento de Justiça argumentou que a Apple e as editoras combinaram de aumentar os preços por meio de uma agência de precificação. (Peter Parks/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2013 às 10h10.

Washingto - A Apple rebateu às acusações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos de que conspirou com editoras para elevar os preços de livros eletrônicos, dizendo que negociou com uma série de editoras separadamente e fez diferentes acordos com cada uma.

O Departamento de Justiça acusou a Apple em abril de 2012 de conspirar com cinco editoras para elevar os preços, conforme a gigante do Vale do Silício preparava-se para lançar o seu iPad no início de 2010. Desde então, estabeleceu acordos com as editoras.

As editoras eram a HarperCollins Publishers da News Corp, Simon & Schuster da CBS, Hachette Book Group da Lagardère SCA, Macmillan, unidade da Verlagsgruppe Georg von Holtzbrinck GmbH, e a Penguin Group da Pearson.

Mas a Apple disse que os editores tinham decidido, independente da Apple, eliminar descontos dos preços nas vendas por atacado de e-books, para vender livros de capa dura primeiro às livrarias e tomar outras medidas para pressionar aumento de preços pela Amazon, que preferia mantê-los baixos.

A Apple, então no processo de desenvolvimento do iPad, se aproximou das editoras para criar livrarias online, e fez as seguintes exigências: comissão de 30 por cento, que os editores não vendessem a preços menores, e que acabassem com a prática de estimular a venda em livrarias físicas.


Segundo a Apple, cada editora teve diferentes contrapropostas. "Os primeiros pontos de negociação e contenção foram mais sobre os preços máximos da Apple e os 30 por cento de comissão. Depois que a Apple enviou um projeto de contratos de agência a cada CEO das editoras, em 11 de janeiro, cada um se colocou imediatamente contra os limites e níveis de preços da Apple", informou a companhia em um documento de 81 páginas.

O Departamento de Justiça argumentou que a Apple e as editoras combinaram de aumentar os preços por meio de uma agência de precificação, em que as editoras determinavam preços no varejo.

Em uma apresentação divulgada na terça-feira, o Departamento de Justiça disse que Steve Jobs, CEO da Apple na época, "admitiu a conspiração de fixação de preços", quando disse a seu biógrafo que a Apple "havia dito às editoras: 'Nós vamos para a agência modelo, onde você define o preço, e nós temos os nossos 30 por cento, e sim, o cliente paga um pouco mais, mas isso é o que você quer de qualquer maneira." (Reportagem Diane Bartz)

Acompanhe tudo sobre:AppleEmpresasEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaTecnologia da informação

Mais de Tecnologia

Como a greve da Amazon nos EUA pode atrasar entregas de Natal

Como o Google Maps ajudou a solucionar um crime

China avança em logística com o AR-500, helicóptero não tripulado

Apple promete investimento de US$ 1 bilhão para colocar fim à crise com Indonésia