Apple planeja lançamento lento do Vision Pro com hora marcada
Com vendas nos EUA previstas para o início de 2024, o resto do mundo só verá o dispositivo no final do ano
Agência de notícias
Publicado em 11 de julho de 2023 às 10h12.
Última atualização em 11 de julho de 2023 às 10h13.
A Apple planeja umlançamento no varejo de seus óculos Vision Pro com agendamentos e promoções nas lojas em mercados selecionados dos EUA no início do próximo ano,o que destaca o nicho e a natureza complexa do aparelho de realidade mista.
A empresa vai designar áreas especiais nas lojas com assentos, unidades de demonstração dos óculos e ferramentas para dimensionar acessórios para os compradores.
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Embora o dispositivo seja vendido em todas as cerca de 270 unidades da Apple nos EUA, a empresa pretende organizar seções para o Vision Pro inicialmente em lojas nas principais áreas — como Nova York e Los Angeles — antes de lançá-lo em todo o país, de acordo com pessoas com conhecimento dos planos.
A Apple disse que vai oferecer os óculos em outros países no final de 2024. A empresa avalia o Reino Unido e o Canadá como dois de seus primeiros mercados internacionais, com Ásia e Europa logo depois, embora uma decisão não tenha sido tomada, de acordo com as pessoas, que pediram para não serem identificadas.
Os engenheiros da Apple trabalham para posicionar o dispositivo na França, Alemanha, Austrália, China, Hong Kong, Japão e Coreia do Sul, disseram as fontes.
A Apple também vai vender o Vision Pro por meio de sua loja virtual nos EUA no início de 2024, antes de expandir o comércio online para outros lugares. Uma porta-voz da Apple não quis comentar sobre o lançamento.
O Vision Pro, lançado em junho, é o produto mais significativo da Apple desde o Apple Watch, mas, com o preço de US$ 3.500, casos de uso pouco claros, seleção limitada de conteúdo de realidade mista e a natureza nascente da tecnologia, os óculos devem atrair um pequeno grupo de entusiastas no início.
Para levar a categoria a mais consumidores, a Apple desenvolve um modelo mais barato, bem como em uma versão Pro de segunda geração para lançamento em 2026.
O dispositivo “wearable” combina realidade virtual e aumentada, o que possibilita concentrar a atenção do usuário no conteúdo com telas de alta resolução — ideal para assistir a vídeos — ou colocar aplicativos no topo do campo de visão, permitindo que mensagens e notificações apareçam sem sobrecarregar a pessoa.
O plano da Apple é que consumidores que se dirijam às lojas marquem um horário para comprar o Vision Pro. A decisão segue uma estratégia usada pela empresa para o Apple Watch em 2015. A força motriz por trás da ideia é garantir que os clientes saiam com um produto que se encaixe corretamente. Se aplicável, a empresa solicitará aos usuários a prescrição de lentes de contato por meio de um portal online.
Vedação de luz
Para determinar a vedação de luz correta — o componente que mantém a luz fora do campo de visão do usuário — a Apple desenvolve um aplicativo para o iPhone que escaneia a cabeça de uma pessoa bem como uma máquina física. Os compradores on-line também serão solicitados a enviar seus dados de prescrição e usar o aplicativo de digitalização facial para determinar o tamanho do acessório.
Pessoas familiarizadas com o lançamento no varejo dizem que será a estreia mais complexa da Apple até o momento e exigirá uma logística complicada da cadeia de suprimentos, como o treinamento de vendedores para configurar o aparelho e ensinar clientes a usá-lo. Por isso, a empresa não prevê parcerias com revendedores terceirizados para oferecer o Vision Pro até pelo menos 2025. A maioria das lojas vai oferecer apenas uma a duas unidades de demonstração no início devido à oferta limitada e ao alto custo dos óculos.
Além do próprio aparelho, os acessórios que o acompanham também apresentam desafios logísticos, disseram pessoas com conhecimento do processo. A empresa disse que vai oferecer bandanas e vedação de luz em vários tamanhos diferentes, que as lojas de varejo precisarão ter disponíveis. Cada cliente pode precisar de tamanhos muito diferentes, o que significa que as lojas terão de oferecer acessórios extras se, por exemplo, uma pessoa quiser permitir que outra experimente seu aparelho ou se o tamanho do rosto mudar.
A Apple fechou uma parceria com a Carl Zeiss para fabricar lentes de grau opcionais para o aparelho, e as lojas da Apple precisarão manter em estoque centenas ou milhares de lentes. A tarefa se torna mais complexa nos casos em que um usuário possa ter receitas diferentes para cada olho.