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Apple Pay é o pagamento mais seguro do mundo, diz VP da Visa

Mark Nelsen, vice-presidente da Visa, conversou com a EXAME.com sobre o futuro dos pagamentos via smartphone no Brasil

Mark Nelsen: "Nós sabemos que nossos dados de pagamentos estão sempre à mercê de bandidos” (Divulgação/Visa)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2016 às 12h24.

São Paulo – 2016 promete ser o ano dos pagamentos móveis em todo o mundo e o Brasil não está fora dessa tendência. A Samsung já anunciou que seu serviço, o Samsung Pay, estará disponível no país em breve – o lançamento oficial está previsto para antes das Olimpíadas do Rio. Aliás, a empresa chegou a fazer parcerias com oito bancos brasileiros, entre eles Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Itaú Unibanco, para lançar o serviço no mercado.

O Samsung Pay não é o único pagamento via smartphone que estará disponível no Brasil neste ano. O Apple Pay de Tim Cook também deve ser apresentado no país até o final de 2016. Uma das companhias que pretende fazer com que os brasileiros possam utilizar esses serviços de uma maneira segura e fácil é a Visa .

“Nós realmente vemos a inovação acontecendo no Brasil”, diz Mark Nelsen, vice-presidente da Visa, em entrevista a EXAME.com. “Os dispositivos móveis trazem novidades que podem ser usadas para melhorar a maneira que os usuários fazem seus pagamentos”, adiciona.

Quando Nelsen diz novidades, ele está falando das tecnologias que transformam os smartphones em verdadeiros cartões de crédito ambulantes. Uma delas é a NFC, uma conexão de proximidade, e a outra é a MST (Magnetic Secure Transmission), uma maneira de simular a tarja magnética do cartão atual.

Segundo números divulgados pela Cielo, mais de 70% da sua rede de terminais pagamentos está preparada para o uso da tecnologia NFC. Isso significa que os serviços da Samsung e da Apple devem funcionar normalmente quando chegarem ao Brasil.

Contudo, nem todos os smartphones têm suporte para essa tecnologia de pagamento. No caso da Samsung, os dispositivos disponíveis no Brasil que podem fazer compras através das tecnologias MST ou NFC são Galaxy Note 5, Galaxy A5, Galaxy A7, Galaxy S6 edge+, Galaxy S7 e Galaxy S7 edge. Todos os aparelhos da Apple a partir do iPhone 6 suportam o NFC.

Como boa parte da população brasileira não pode comprar esses aparelhos (eles chegam a valer de 2.199 reais até 4.300 reais), a adesão aos serviços não deverá ser fácil no país. Segundo Nelsen, outro desafio relacionado à mobilidade é o fato de que muitas pessoas, principalmente no Brasil, não têm acesso à internet.

“Por mais que os smartphones estejam sendo comercializados desde 2007, essa é ainda uma barreira que precisamos quebrar”, explica. Por isso, ele não acredita que a chegada dos pagamentos móveis será o fim do cartão de crédito físico.

“Existirá momentos em que os usuários simplesmente não vão querer adotar esse método”. O VP da Visa dá como exemplo uma pesquisa recente feita pela empresa que revelou que os Millenials (pessoas nascidas entre os anos de 1980 e 2000) gostariam de ter um cartão bancário físico. “Muitos deles responderam que ter um cartão faz eles se sentirem mais adultos”, explica.

Segurança

Indiscutivelmente a maior preocupação em relação aos pagamentos móveis é o fato de que as pessoas estão preocupadas com a segurança de suas contas bancárias. Para o VP da Visa, o Apple Pay é provavelmente o pagamento móvel mais seguro do mundo.

“Afinal, você precisa ter um telefone, que é tokenizado, e também tem que utilizar a biometria para fazer o pagamento. Desse modo, o serviço é uma maneira incrivelmente segura de fazer transações bancárias”.

Não entendeu? Bom, talvez seja por que você nunca ouviu falar da palavra tokenização. A tecnologia substitui os dados confidenciais de pagamentos com outra identificação, o token. Esse não pode ser decodificado matematicamente e as informações da conta do cliente são armazenadas nos datacenters dos bancos.

“Desse modo, se alguém roubar um token, não vai poder usá-lo”, explica Nelsen. Por isso, “nós investimos tanto em tokenização. Nós sabemos que nossos dados de pagamentos estão sempre à mercê de bandidos”.

O VP ainda acrescenta que existe um conflito entre o que é seguro e qual é a melhor experiência para o usuário, “pois, a melhor segurança pode ser uma experiência terrível para o nosso cliente”. Segundo ele, seriam necessárias autenticações múltiplas todo o momento para que um serviço seja totalmente seguro. “Porém, ninguém quer realmente fazer isso”.

Geolocalização e futuro

Para que a conta do usuário fique ainda mais protegida, a Visa lançou recentemente o Mobile Location Confirmation. Com ele, o consumidor compartilha dados de localização do seu smartphone automaticamente para o app do banco, que está integrado com a Visa.

“Desde que apresentamos o serviço, 80% das transações internacionais recusadas puderam ser revertidas”, afirma Nelsen. De acordo com o VP, a ferramenta já está sendo testada pelos bancos brasileiros e deve estar disponível para o usuário final ainda neste ano.

Com tantas novidades no mercado, pergunto a Nelsen se ele acredita que todas essas novas tecnologias serão realmente utilizadas no futuro. “O que nós queremos é criar a melhor experiência para os nossos clientes. Por isso, eu acredito que há espaço para todos os tipos de pagamentos e funcionalidades”, finaliza o VP.

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O Samsung Pay não é o único pagamento via smartphone que estará disponível no Brasil neste ano. O Apple Pay de Tim Cook também deve ser apresentado no país até o final de 2016. Uma das companhias que pretende fazer com que os brasileiros possam utilizar esses serviços de uma maneira segura e fácil é a Visa .

“Nós realmente vemos a inovação acontecendo no Brasil”, diz Mark Nelsen, vice-presidente da Visa, em entrevista a EXAME.com. “Os dispositivos móveis trazem novidades que podem ser usadas para melhorar a maneira que os usuários fazem seus pagamentos”, adiciona.

Quando Nelsen diz novidades, ele está falando das tecnologias que transformam os smartphones em verdadeiros cartões de crédito ambulantes. Uma delas é a NFC, uma conexão de proximidade, e a outra é a MST (Magnetic Secure Transmission), uma maneira de simular a tarja magnética do cartão atual.

Segundo números divulgados pela Cielo, mais de 70% da sua rede de terminais pagamentos está preparada para o uso da tecnologia NFC. Isso significa que os serviços da Samsung e da Apple devem funcionar normalmente quando chegarem ao Brasil.

Contudo, nem todos os smartphones têm suporte para essa tecnologia de pagamento. No caso da Samsung, os dispositivos disponíveis no Brasil que podem fazer compras através das tecnologias MST ou NFC são Galaxy Note 5, Galaxy A5, Galaxy A7, Galaxy S6 edge+, Galaxy S7 e Galaxy S7 edge. Todos os aparelhos da Apple a partir do iPhone 6 suportam o NFC.

Como boa parte da população brasileira não pode comprar esses aparelhos (eles chegam a valer de 2.199 reais até 4.300 reais), a adesão aos serviços não deverá ser fácil no país. Segundo Nelsen, outro desafio relacionado à mobilidade é o fato de que muitas pessoas, principalmente no Brasil, não têm acesso à internet.

“Por mais que os smartphones estejam sendo comercializados desde 2007, essa é ainda uma barreira que precisamos quebrar”, explica. Por isso, ele não acredita que a chegada dos pagamentos móveis será o fim do cartão de crédito físico.

“Existirá momentos em que os usuários simplesmente não vão querer adotar esse método”. O VP da Visa dá como exemplo uma pesquisa recente feita pela empresa que revelou que os Millenials (pessoas nascidas entre os anos de 1980 e 2000) gostariam de ter um cartão bancário físico. “Muitos deles responderam que ter um cartão faz eles se sentirem mais adultos”, explica.

Segurança

Indiscutivelmente a maior preocupação em relação aos pagamentos móveis é o fato de que as pessoas estão preocupadas com a segurança de suas contas bancárias. Para o VP da Visa, o Apple Pay é provavelmente o pagamento móvel mais seguro do mundo.

“Afinal, você precisa ter um telefone, que é tokenizado, e também tem que utilizar a biometria para fazer o pagamento. Desse modo, o serviço é uma maneira incrivelmente segura de fazer transações bancárias”.

Não entendeu? Bom, talvez seja por que você nunca ouviu falar da palavra tokenização. A tecnologia substitui os dados confidenciais de pagamentos com outra identificação, o token. Esse não pode ser decodificado matematicamente e as informações da conta do cliente são armazenadas nos datacenters dos bancos.

“Desse modo, se alguém roubar um token, não vai poder usá-lo”, explica Nelsen. Por isso, “nós investimos tanto em tokenização. Nós sabemos que nossos dados de pagamentos estão sempre à mercê de bandidos”.

O VP ainda acrescenta que existe um conflito entre o que é seguro e qual é a melhor experiência para o usuário, “pois, a melhor segurança pode ser uma experiência terrível para o nosso cliente”. Segundo ele, seriam necessárias autenticações múltiplas todo o momento para que um serviço seja totalmente seguro. “Porém, ninguém quer realmente fazer isso”.

Geolocalização e futuro

Para que a conta do usuário fique ainda mais protegida, a Visa lançou recentemente o Mobile Location Confirmation. Com ele, o consumidor compartilha dados de localização do seu smartphone automaticamente para o app do banco, que está integrado com a Visa.

“Desde que apresentamos o serviço, 80% das transações internacionais recusadas puderam ser revertidas”, afirma Nelsen. De acordo com o VP, a ferramenta já está sendo testada pelos bancos brasileiros e deve estar disponível para o usuário final ainda neste ano.

Com tantas novidades no mercado, pergunto a Nelsen se ele acredita que todas essas novas tecnologias serão realmente utilizadas no futuro. “O que nós queremos é criar a melhor experiência para os nossos clientes. Por isso, eu acredito que há espaço para todos os tipos de pagamentos e funcionalidades”, finaliza o VP.

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