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Apple e editoras enfrentarão a Justiça dos EUA por cartel

Pela apuração, a combinação entre a Apple e as editoras levou os consumidores a pagar 'dezenas de milhões de dólares a mais' por seus livros

Por enquanto, a Apple não se pronunciou sobre o processo (Mario Tama/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2012 às 21h07.

Nova York - A Apple e duas das grandes editoras do mundo enfrentarão a Justiça dos Estados Unidos após serem acusadas nesta quinta-feira de pactuar para elevar os preços dos livros eletrônicos para minar a liderança da Amazon, que arrasava no mercado com suas obras ao preço de US$ 9,99.

''Os executivos do mais alto nível das empresas incluídas em nossa demanda, preocupados com a redução dos preços dos livros digitais pelos comerciantes, trabalharam conjuntamente para eliminar a concorrência'', afirmou nesta quarta-feira o secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, durante entrevista coletiva em Washington.

A investigação culminou nesta quarta-feira com o duro processo apresentado no Tribunal do Distrito Sul de Nova York. Pela apuração, a combinação entre a Apple e as editoras levou os consumidores a pagar ''dezenas de milhões de dólares a mais'' por seus livros eletrônicos.

A demanda citou cinco das grandes editoras do mundo, Penguin, MacMillan, Simon & Schuster, Hachette e HarperCollins, embora as últimas três anunciaram imediatamente após a apresentação da ação que chegaram a um acordo com a Justiça para resolver o caso.

Enquanto isso, o litígio continua contra Penguin, MacMillan e Apple, a empresa fundada pelo já falecido Steve Jobs está no olho do furacão por causa de uma suposta declaração sua.

''Mudaremos para um modelo de agência pelo qual os senhores (as editoras) fixam os preços, nós levamos 30%, e sim, os consumidores pagarão um pouco mais, mas isso é o que querem de qualquer forma'', teria dito supostamente o homem que transformou a empresa da maçã mordida na gigante do Vale do Silício que é hoje.


Jobs se referia à mudança do modelo de vendas das editoras, que deixaram de permitir que os comerciantes das obras, tais como a loja Amazon e a rede de livrarias Barnes & Noble, fixassem os preços de venda das obras virtuais.

Essas cinco editoras começaram a determinar elas mesmas o preço de venda dos livros eletrônicos e supostamente praticaram cartel para elevar os preços, com o que impediram que a Amazon pudesse continuar vendendo suas ''pechinchas'': obras recém-lançadas e sucessos de vendas por apenas US$ 9,99.

A loja iniciou essa tática para atrair consumidores para seu leitor Kindle desde 2007 e graças a ela se transformou na líder indiscutível do mercado, mas como detalha o processo as grandes editoriais temeram que a política reduzisse, em cadeia, os preços das obras impressas.

Por isso, diante do iminente lançamento ao mercado do iPad em 2010 e de sua loja iBookstore, as cinco editoras ''se uniram com a Apple, que tinha o mesmo objetivo de limitar a concorrência na comercialização de livros eletrônicos''.

Por enquanto, a Apple não se pronunciou sobre o processo. A MacMillan emitiu comunicado garantindo que não assinou acordo com a Justiça porque não atuou ilegalmente ao mudar o ''modelo para agência'' em 2010.

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Nova York - A Apple e duas das grandes editoras do mundo enfrentarão a Justiça dos Estados Unidos após serem acusadas nesta quinta-feira de pactuar para elevar os preços dos livros eletrônicos para minar a liderança da Amazon, que arrasava no mercado com suas obras ao preço de US$ 9,99.

''Os executivos do mais alto nível das empresas incluídas em nossa demanda, preocupados com a redução dos preços dos livros digitais pelos comerciantes, trabalharam conjuntamente para eliminar a concorrência'', afirmou nesta quarta-feira o secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, durante entrevista coletiva em Washington.

A investigação culminou nesta quarta-feira com o duro processo apresentado no Tribunal do Distrito Sul de Nova York. Pela apuração, a combinação entre a Apple e as editoras levou os consumidores a pagar ''dezenas de milhões de dólares a mais'' por seus livros eletrônicos.

A demanda citou cinco das grandes editoras do mundo, Penguin, MacMillan, Simon & Schuster, Hachette e HarperCollins, embora as últimas três anunciaram imediatamente após a apresentação da ação que chegaram a um acordo com a Justiça para resolver o caso.

Enquanto isso, o litígio continua contra Penguin, MacMillan e Apple, a empresa fundada pelo já falecido Steve Jobs está no olho do furacão por causa de uma suposta declaração sua.

''Mudaremos para um modelo de agência pelo qual os senhores (as editoras) fixam os preços, nós levamos 30%, e sim, os consumidores pagarão um pouco mais, mas isso é o que querem de qualquer forma'', teria dito supostamente o homem que transformou a empresa da maçã mordida na gigante do Vale do Silício que é hoje.


Jobs se referia à mudança do modelo de vendas das editoras, que deixaram de permitir que os comerciantes das obras, tais como a loja Amazon e a rede de livrarias Barnes & Noble, fixassem os preços de venda das obras virtuais.

Essas cinco editoras começaram a determinar elas mesmas o preço de venda dos livros eletrônicos e supostamente praticaram cartel para elevar os preços, com o que impediram que a Amazon pudesse continuar vendendo suas ''pechinchas'': obras recém-lançadas e sucessos de vendas por apenas US$ 9,99.

A loja iniciou essa tática para atrair consumidores para seu leitor Kindle desde 2007 e graças a ela se transformou na líder indiscutível do mercado, mas como detalha o processo as grandes editoriais temeram que a política reduzisse, em cadeia, os preços das obras impressas.

Por isso, diante do iminente lançamento ao mercado do iPad em 2010 e de sua loja iBookstore, as cinco editoras ''se uniram com a Apple, que tinha o mesmo objetivo de limitar a concorrência na comercialização de livros eletrônicos''.

Por enquanto, a Apple não se pronunciou sobre o processo. A MacMillan emitiu comunicado garantindo que não assinou acordo com a Justiça porque não atuou ilegalmente ao mudar o ''modelo para agência'' em 2010.

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